quarta-feira, 7 de março de 2012

COPOM: Juro básico é reduzido em 0,75 pp, para 9,75% ao ano

‎!O>O! Conforme previsto .... 


COPOM: Juro básico é reduzido em 0,75 pp, para 9,75% ao ano  Brasília, 7 de março de 2012 - 


O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), decidiu reduzir em 0,75 ponto percentual (pp), para 9,75% ao ano, a taxa básica de juros - a Selic - que vigorará nos próximos 45 dias. 


Com a decisão, o Copom corta pela quinta vez a taxa de juros desde o início do governo Dilma. O anúncio de hoje mantém, com um aumento da intensidade, a sucessão de cortes adotados a partir de agosto do ano passado, com o agravamento da crise econômica europeia. 


No entanto, a decisão não foi inânime, sendo que o corte maior foi votado por cinco membros, enquanto apenas dois votaram pelo corte de 0,5 pp. O corte de 0,75 pp na Selic surpreendeu parte do mercado financeiro. 


Das 75 instituições ouvidas pelo Termômetro Leia, pesquisa feita pela Agência Leia com as projeções para os principais indicadores do País, 67 apontavam a queda de 0,50 pp na taxa. Seis apostavam em queda de 0,75 pp, uma em corte de 0,25 pp e outra em corte de 1 pp. Parte do mercado chegou a alterar as apostas esta semana, para 0,75 pp, acreditando que o BC usaria uma taxa de juros menor para barrar a entrada de dólares e segurar a alta do real. 
As instituições que apostaram em 0,75 pp previam que o resultado fiscal de janeiro e a inflação mais baixa nesse início de ano poderiam justificar o corte maior na Selic. No comunicado divulgado ao final da reunião, o BC não aponta os motivos pelos quais adotou o corte de 0,75 pp. A íntegra do comunicado: "Dando seguimento ao processo de ajustes das condições monetárias, o copom decidiu reduzir a taxa Selic para 9,75% ao ano, sem viés, por cinco votos a favor e dois votos pela redução da taxa selic em 0,5 pp." Para o economista Marcelo Cincão, da TBCS Investimentos, uma das instituições que apostaram em queda de 0,75 pp no Termômetro, o corte maior indica que o Banco Central está preocupado em estimular o crédito para blindar a economia contra os efeitos da crise internacional e em proteger o real de uma valorização excessiva. Na semana passada, o dólar chegou a R$ 1,70, mas respondeu às medidas cambiais implementadas pelo Ministério da Fazenda e pelo BC e firmou a alta nesta semana. 


Na semana passada, o presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou, em audiência pública no Senado, que a inflação estava em queda e sob controle e que a economia brasileira vinha crescendo abaixo de seu potencial. 


O corte maior divulgado hoje encontra eco nas avaliações de Tombini. Quanto ao cenário externo, o quadro apresentou leve melhora com o anúncio do acordo grego na semana retrasada. No entanto, o pacote não foi o suficiente para afastar por completo o risco de um colapso na zona do euro do radar dos investidores. 


Portanto, a perspectiva de possíveis reflexos desinflacionários da crise na atividade doméstica permanece inalterada. Na ata da última reunião, quando a Selic caiu para 10,50%, o Copom havia indicado que as chances de a taxa de juros cair para patamares de um dígito até o fim do ano eram elevadas. O mercado agora volta as atenções para a ata desta reunião, que será divulgada na próxima semana.

Um comentário:

  1. 0,75% Deve melhorar um pouco para o setor de varejo: PCAR4, LAME4, LREN3 e BTOW


    Abx

    Zew

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