negativos aumenta cautela de investidores, que aproveitam o momento para vender ações e ganhar com as valorizações dos dois primeiros meses do ano. "Os dados da Europa e dos Estados Unidos continuam mostrando que não há uma volta à crise, mas um movimento de recuperação mais lento do que o esperado", avalia o economista da Humaitá Investimentos, Guido Chagas. Para o especialista, o cenário mais instável lá fora cria temor nos investidores no Brasil sobre possíveis medidas do Banco Central para conter a entrada de
capital especulativo.
Há pouco, o Ibovespa caía 1,68%, a 64.927 pontos. O índice futuro, com
vencimento em abril, tinha queda de 1,40%, a 65.175 pontos. A BM&FBovespa
operava com volume financeiro de R$ 4,190 bilhões.
Para o analista gráfico da Estratégia Investimentos Marcelo Falinos, hoje,
o mercado ainda está ajustando as altas dos últimos meses e pode alcançar o
patamar de 64.500 pontos. "Caso a tendência de queda se mantenha e esse
patamar seja superado podemos esperar uma queda mais intensa nos próximos dias", destaca Falinos.
Nos Estados Unidos, os dados industriais voltaram a decepcionar. Os pedidos de bens duráveis nos Estados Unidos subiram 2,2%, ou em US$ 4,5 bilhões, em fevereiro ante janeiro, para US$ 211,8 bilhões. Analistas previam alta de 2,8% em fevereiro. No mês anterior, as encomendas haviam encolhido 3,6% (dados revisados), informou hoje o Departamento do Comércio.
Entre os dados negativos do dia, os analistas também destacam a queda do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido, que registrou retração de 0,3% no quarto trimestre de 2011 em relação ao trimestre anterior, em dado revisado e divulgado hoje pelo escritório nacional de estatísticas National Statistics. O
resultado veio pior do que a expectativa do mercado que estimava que o PIB
tivesse encolhido 0,2% no quarto trimestre. Em 2011 o PIB do Reino Unido cresceu
0,7%.
No Brasil, a agenda não teve indicadores relevantes. Entre os destaques do
dia, houve a divulgação do fluxo cambial pelo Banco Central. O saldo entre a
entrada e a saída de dólares no País está positivo US$ 5,316 bilhões, em
março, até o dia 23. A balança comercial contribuiu positivamente com
US$ 4,733 bilhões, resultado de exportações de US$ 16,625 bilhões e
importações de US$ 11,892 bilhões.
Entre as ações com maior liquidez, as preferenciais da Petrobras (PETR4)
recuavam 2,18%, a R$ 23,28. As preferenciais da Vale (VALE5) perdiam 1,76%, a R$ 40,62 e as ON da OGX (OGXP3) caíam 1,43%, a R$ 15,06.
Mercados Internacionais
Os índices das bolsas norte-americanas operavam em queda. O S&P 500, com vencimento em junho, operava com baixa de 0,79%, a 1.401,33 pontos, o Nasdaq 100, com vencimento também para junho, desvalorizava 0,75%, aos 3.096,89 pontos, e o Dow Jones, com vencimento para o mesmo mês recuava 0,63%, a 13.114,45 pontos.
Na Europa, as principais bolsas fecharam em queda de mais de 1%. O CAC-40, de Paris, perdeu 1,13%, aos 3.430,15 pontos; o FTSE, de Londres, caiu 1,03%, aos 5.808,99 pontos, e o Dax, de Frankfurt, fechou com queda 1,13% aos 6.998,80 pontos.
Petróleo
Entre os contratos de petróleo, há pouco, o WTI para maio, negociado em
Nova York, operava com desvalorização de 2,23%, a R$ 104,93 o barril, enquanto em Londres, o Brent, para o mesmo mês, operava com perdas de 1,35%, a US$ 123,84.
Câmbio
No momento, o dólar opera em alta de 0,38%, a R$ 1,825. O contrato futuro da moeda norte-americana, com vencimento em abril, tinha avanço de 0,16%, a R$ 1.827,000.
Juros
Os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) com maior liquidez eram os
com vencimento para outubro de 2012, que caíam de 8,91% para 8,89%,
movimentando R$ 97,641 bilhões e os contratos com vencimento em janeiro de 2021, que recuavam de 11,14% para 11,12%, com giro de R$ 86,283 bilhões.
Fonte : Ag. Leia
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