segunda-feira, 2 de junho de 2014

CÂMBIO E JUROS: Mercados operam em alta com dados internacionais

   São Paulo, 2 de junho de 2014 - Dados da economia internacional levam ao
aumento das taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) no pregão de

hoje, em particular a leitura do índice de atividade industrial medido pelo
Instituto de Gerência e Oferta (ISM, na sigla em inglês), que subiu para 55,4
pontos em maio, de 54,9 pontos em abril.

   Inicialmente, o ISM havia reportado erroneamente queda no índice para 53,2
pontos, mas posteriormente corrigiu a informação, segundo analistas de
mercado.

   "Os dados econômicos dos Estados Unidos surpreenderam e mostraram melhora
da atividade da economia em maio isso está trazendo uma força para o mercado.
Isso favoreceu o movimento de apreciação do dólar no mercado internacional e
o real segue na esteira desse movimento", afirma Luciano Rostagno,
estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil.

   Além desses fatores, questões domésticas também pesam sobre os mercados
futuros de juros e dólar. Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) para o
Boletim Focus diminuíram a projeção para o crescimento do Produto Interno
Bruto (PIB) em 2014 de 1,63% para 1,50%. Para 2015, a projeção de crescimento
também recuou, passando de 1,96% para 1,85%.

   "A revisão para baixo do crescimento econômico tanto nesse ano quanto no
ano que vem também puxam os DIs para cima", afirma Rostagno. O economista da
NGO Corretora, Sidnei Moura Nehme, acrescenta que a sinalização do BC de
reduzir suas atuações por meio de swap também influenciam a cotação da
moeda norte-americana.

   "A eficácia do swap vem perdendo força e a demanda está se transferindo
para o mercado à vista", explica. Há pouco, o dólar comercial subia 1,20%,
cotado a R$ 2,2660 para compra e a R$ 2,2680 para venda. No mercado futuro, o
contrato da moeda com vencimento em julho subia 1,15%, a R$ 2.284,500.

   No mercado de juros, o contrato com vencimento em janeiro de 2017, com o
maior giro (R$ 20,4 bilhões), passava de 11,59% para 11,70%. A taxa medida pelo
contrato com vencimento em janeiro de 2016 subia de 11,37% para 11,43%,
movimentando R$ 13,2 bilhões, e o contrato para janeiro de 2015 tinha alta de
10,84% para 10,85%, girando R$ 12,0 bilhões.

    Weruska Goeking / Agência CMA

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