ABERTURA: DECLARAÇÕES DO BC GREGO MINAM RESISTÊNCIA DOS MERCADOS

ABERTURA: DECLARAÇÕES DO BC GREGO MINAM RESISTÊNCIA DOS 
MERCADOS 



São Paulo, 23 - As bolsas europeias apresentavam uma surpreendente resiliência logo cedo, mesmo após o dado de encomendas de bens duráveis na zona do euro cair 6,4% em setembro, ante agosto, e após a China abrir um dado negativo. Mas, há pouco, o quadro apontou uma acentuada deterioração. A piora coincidiu com manchetes de que a Grécia enfrenta o risco de sair da zona do euro, segundo o Banco da Grécia (o banco central do país). A instituição observou que a dívida grega não é mais considerada sustentável e ainda trouxe uma série de horrores em suas projeções econômicas. Os principais índices referenciais dos mercados acionários aprofundaram a queda, que ia de -1,08% em Frankfurt a -0,61% em Lisboa, às 8h22. O euro era negociado a US$ 1,3398, às 8h22, ante US$ 1,3446 antes das manchetes do BC grego e ante US$ 1,3505 ontem em Nova York. Mais cedo, o ciclo vicioso de tensão e nervosismo ganhou o reforço da China. O índice preliminar do HSBC indicou desaceleração da atividade industrial chinesa para 48 em novembro, segundo dado divulgado ontem à noite. O resultado foi o pior em 32 meses e ficou abaixo do nível de outubro (51) e das estimativas (50,1). Na Ásia, várias bolsas fecharam com perdas ao redor de 2%. 


Europa apresenta propostas de reforma - Às 10h30, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, deve apresentar propostas de reforma para a governança econômica da União Europeia. Há pouco, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, reiterou que a proposta que a União Europeia deve apresentar hoje de um eurobônus comum ocorre em um momento 
inapropriado. Segundo ela, a coletivização da dívida não funcionaria. Os futuros de Wall Street estão no vermelho.


EUA têm série de dados antes de feriado - Na véspera do feriado do Dia de Ação de Graças, os EUA divulgam hoje uma série de dados. Às 11h30, serão anunciadas as encomendas de bens duráveis em outubro, além de dados sobre renda pessoal e gastos com consumo em outubro e os pedidos de auxílio-desemprego na semana até 19 de novembro. Às 12h55, a Universidade de Michigan informa o índice de sentimento dos consumidores em novembro. Às 13h30, o Departamento de Energia anuncia os estoques de petróleo bruto na semana até 18 de novembro. Na Turquia, o Banco Central anuncia sua decisão de política monetária às 13 horas.



IPCA-15, contas do governo central e dados de crédito são destaques na agenda brasileira - O IBGE divulga, às 9 horas, o IPCA-15 de novembro. Levantamento feito pelo AE Projeções com 50 instituições do mercado financeiro aponta para uma taxa de 0,40% a 0,51% para o indicador, com mediana projetada em 0,47%. Às 10h30, o Banco Central divulga a nota 
de política monetária e operações de crédito de outubro. E às 11h30, o Tesouro divulga o resultado primário das contas do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) também referente a outubro. Economistas ouvidos pelo AE Projeções calculam superávit primário de R$ 8,600 bilhões a R$ 17,400 bilhões para o resultado do governo central, com mediana de R$ 14,100 bilhões. O Tesouro Nacional faz hoje leilão de troca de LFT.


IPC-S de até 22/11 fica em 0,43% ante +0,38% no anterior - A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) mostrou aceleração da alta na terceira leitura deste mês. O índice subiu 0,43% até a quadrissemana finalizada em 22 de novembro, após avançar 0,38% no indicador anterior, de até 15 de novembro, informou há pouco a Fundação 
Getúlio Vargas (FGV). Esta foi a maior taxa para o indicador desde a primeira quadrissemana de outubro deste ano, quando registrou alta de 0,50%.


BC GREGO DEVASTA RESILIÊNCIA BC grego piora ambiente - A manhã era de apatia, com repetição do modus operandi na Europa. O Banco Central Europeu (BCE) comprava bônus dos governos da Itália e da Espanha, segundo três observadores, e as bolsas apresentavam desempenhos apáticos. Mas 
há pouco o BC grego reconduziu os investidores para a rota da saída das ações e ativos mais arriscados da zona do euro. Além de aventar que há o risco de a Grécia sair da zona do euro, o BC grego projetou queda de 5,5% ou mais do PIB em 2011 e contração de 2,8% em 2012. O BC acredita que o desemprego pode ir para 17%.


BCE compra títulos de curto prazo - Fontes afirmaram que os bônus italianos e espanhóis comprados pelo BCE são de curto prazo. O yield (retorno ao investidor) dos bônus italianos de dois anos subiu 28 pontos-base, para 6,98%, e o dos bônus espanhóis correspondentes aumentou 14 pontos-base, para 5,80%.


Dados divergentes na zona do euro - As encomendas à indústria da zona do euro recuaram 6,4% em setembro, ante agosto. A queda é a mais acentuada desde dezembro de 2008. Mas o índice de atividade industrial (gerentes de compras) da zona do euro ficou em 47,2 em novembro, acima do 46,5 de outubro e também do 46,5 previsto pelos analistas.
Bolsa de Londres segue em baixa após relatório do BOE - A Bolsa de Londres cedia 0,72%, às 8h26. Mais cedo, o mercado não reagia à ata do último encontro do Banco da Inglaterra, divulgada hoje. O documento mostrou que a perspectiva de afrouxamento monetário em dezembro segue na jogada, segundo avaliou a analista Kathleen Brooks, da Forex.com.



NY em queda - Às 8h27, o S&P 500 apresentava recuo de 1,12% e o Nasdaq, de 0,96%, acompanhando a piora nos mercados acionários europeus. O juro da T-Note de 10 anos cedia a 1,90%, de 1,93% ontem, com os Treasuries mantendo-se como guardiães de valor.
Petróleo aprofunda queda - O contrato futuro do petróleo WTI para janeiro era cotado a US$ 96,46 por barril mais cedo, mas aprofundava a baixa para US$ 95,78 por barril (2,24%), há pouco, quando tocava a mínima intraday, na Nymex eletrônica.


Vendas punem lira turca, rublo russo e moedas de emergentes - O dia é de baixas expressivas na lira turca, rublo russo e divisas de emergentes ante o dólar. O dólar valia 1,8606 lira turca, ante 1,826 lira mais cedo. "A despeito da depreciação da lira, o Banco Central decidiu não realizar leilão cambial hoje", comentou um operador. O dólar valia 31,21 rublos, de 31,1094 rublos ontem em Nova York.



Perdas generalizadas nas Bolsas da Ásia e Oceania - Hoje foi feriado no Japão e os mercados financeiros do país não funcionaram. Nos demais mercados acionários da Ásia e Oceania, o dado fraco chinês teve repercussões negativas e o dia foi de baixa generalizada. Hong Kong cedeu 2,1% e o índice Xangai Composto, da bolsa continental chinesa, recuou 0,7%. Na Bolsa de Sydney, o S&P/ASX 200 fechou com baixa de 2%, enquanto o Kospi, benchmark da Bolsa da Coreia do Sul, perdeu 2,4%. Mineradoras e o setor financeiro foram os grupos com maiores perdas na Ásia.


Índia alivia regras para swap cambial - O Banco Central da Índia adotou mais uma medida para fazer frente à volatilidade em sua moeda, ao flexibilizar as regras para swaps de hedge cambial para as companhias. O BC removeu o limite líquido dos bancos para que lançassem no mercado a moeda estrangeira resultante desses swaps. 


Bolsa do Egito tem queda amena - O índice de referência EGX 30, referencial da Bolsa do Egito, cedia 0,5%, aparando parte das perdas iniciais, após ter fechado em queda de 4,8% ontem. O índice já perdeu 17% neste mês diante da escalada das tensões políticas. A junta militar que governo o Egito anunciou eleição presidencial até o fim de junho.