sábado, 19 de novembro de 2011

Cenário Econômico Semanal - 21 a 25 de novembro de 2011 Europa segue no foco e bolsas acumulam perdas.

Cenário Econômico Semanal - 21 a 25 de novembro de 2011 
Europa segue no foco e bolsas acumulam perdas.




A semana que sucedeu as renúncias dos primeiros-ministros da Itália e da Grécia foi marcada pela posse dos novos líderes para os países do centro da crise europeia. No entanto, a escolhas de Mario Monti e Lucas Papademos não conseguiram dar tranquilidade aos mercados.
Em meio a tantas incertezas e especulações, chegou-se a cogitar a redução da zona do euro e até mesmo o fim do bloco monetário. O líder italiano, Monti, destacou que o fim da moeda comum poderia levar o continente de volta para os anos 50.
Enquanto fica de olho nos rumos dos acontecimentos europeus, os Estados Unidos lutam também para alavancar a economia local e evitar que o país também entre em uma onda recessiva e piore ainda mais os indicadores econômicos.
Por aqui, apesar da desvalorização do Ibovespa, o destaque positivo ficou para o upgrade da dívida soberana do Brasil, de BBB- para BBB. A nova avaliação foi agência de classificação de risco S&P.
Cenário Externo
Nos EUA, os primeiros indicadores foram divulgados apenas na terça-feira, dia de feriado no Brasil. Com isso, o índice que mede a atividade manufatureira na região de Nova York apresentou melhora na pesquisa de novembro, indo para 0,6 pontos, depois de registrar -8,5 pontos em outubro. Os dados foram divulgados a pouco pelo escritório regional do Federal Reserve.
Já o índice de preços ao produtor apresentou em outubro uma queda de 0,3%, ficando próximo da projeção de 0,2% do mercado. Foi a maior retração registrada em 20 meses. Os dados são do Departamento de Trabalho do país. O núcleo do indicador, que exclui os gastos com energia e alimentos, ficou estável no período.
Ainda na terça, o varejo americano em outubro apresentou um crescimento nas vendas de 0,5%, com os consumidores mantendo o ritmo acelerado de consumo. Os dados são do Departamento de Comércio do país. O mercado estimava alta de 0,2%.
Os estoques de negócios no mês de setembro ficaram estáveis em relação aos dados de setembro. O mercado estimava um leve aumento de 0,2%. Os dados foram divulgados a pouco pelo Departamento de Comércio do país.
Na quarta, dia mais movimentado da semana, o destaque ficou para inflação ao consumidor norte-americano, que recuou 0,1% em outubro, puxada pela queda dos preços da gasolina, informou o Departamento de Trabalho do país. Já o Núcleo do indicador, que exclui do cálculo os preços de energia e dos alimentos, avançou 0,1%, dentro do esperado pelo mercado.
Os investidores estrangeiros realizaram em setembro compras líquidas de US$ 84,5 bilhões em notas do tesouro e títulos americanos em setembro. Os dados foram divulgados pela Secretaria do Tesouro.
Já a produção industrial registrou em outubro alta de 0,7%, informou nesta quarta-feira o Federal Reserve. O resultado veio acima do esperado, de 0,4%. Em setembro, o indicador teve o resultado revisado para -0,1%, contra projeção anterior de alta de 0,2%.
A confiança do setor imobiliário apresentou em novembro um avanço em relação a outubro, ao registrar 20 pontos no período, informou a Associação Nacional dos Construtores de Imóveis. Os dados do mês anterior foram revisados para baixo e ficaram em 17 pontos. O indicador atingiu o nível mais alto desde abril de 2010.
Na quinta-feira, o novos pedidos de auxílio-desemprego recuaram na semana passada em 5 mil, para total de 388 mil, informou o Departamento de Trabalho do país. O resultado veio pior do que o esperado, de alta para 395 mil solicitações. Os pedidos do período anterior foram revisados de 390 mil para 393 mil. Já a média das últimas 4 semanas recuou em 4 mil, para um nível de mais de 396 mil, o mais baixo desde abril.
Já as novas construções de casas nos Estados Unidos mostraram uma retração em outubro após o forte avanço de setembro. De acordo com os dados divulgados pelo Departamento de Comércio, o indicador de casas iniciadas avançou 0,3% para um total de 628 mil unidades. O mercado estimava 605 mil.
Para encerrar o dia, Fed de Filadélfia informou que o índice da manufatura recuou para 3,6 pontos em novembro, após registrar 8,7 pontos em outubro. O resultado abaixo do que o esperado pelo mercado, de 9 pontos.
Finalmente, na sexta-feira, a Conference Board informou nesta sexta-feira que o risco de uma recessão da economia americana diminuiu consideravelmente em outubro. A constatação é devido a divulgação do índice dos indicadores antecedentes, que avançou 0,9% no mês do levantamento, contra expectativa de 0,5%.
Dentro deste cenário, o Dow Jones encerrou a semana acumulando queda de 2,9% aos 11.796 pontos, enquanto o S&P 500 caiu 3,8% em cinco dias e ficou com 1.215,69 pontos.
Confira os gráficos:

Cenário Interno
A projeção de analistas do mercado financeiro para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2012, caiu pela quarta semana consecutiva. A estimativa para o índice, desta vez, passou de 5,57% para 5,56%. Para 2011, a projeção também foi levemente reduzida, de 6,5% para 6,48%. Essas informações estão no boletim Focus, publicação semanal do Banco Central (BC), elaborada com base em estimativas do mercado financeiro para os principais indicadores da economia.
De acordo com a avaliação dos analistas, a taxa básica deve encerrar 2011 em 11% ao ano. Atualmente a Selic está em 11,5% ao ano. Portanto, os analistas esperam por uma redução de 0,5 ponto percentual, na última reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, marcada para os dias 29 e 30 deste mês. Com a menor expectativa de inflação, a projeção para a Selic ao final de 2012 foi reduzida de 10,5% para 10% ao ano.
Já o IPC-S de 15 de novembro de 2011 apresentou variação de 0,38%, taxa 0,04 ponto percentual (p.p.) acima da registrada na última apuração.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou, para cima, a taxa de queda do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2009. A soma de todos os bens e serviços produzidos no país caiu 0,3% naquele ano, em vez da redução de 0,6% divulgada anteriormente. Com a correção, o PIB brasileiro de 2009 chegou a R$ 3,24 trilhões.
O Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) variou 0,44%, em novembro. A taxa apurada em outubro foi de 0,64%. Em 12 meses, o IGP-10 variou 6,48%. A taxa acumulada no ano é de 5,14%. O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,48%, em novembro. Em outubro, a variação foi de 0,81%. Os Bens Finais registraram taxa de variação de 0,46%, em novembro, ante -0,23%, em outubro. Contribuiu para esta aceleração o subgrupo alimentos in natura, que teve sua taxa elevada de -2,16% para 2,19%. O índice relativo a Bens Finais (ex), calculado sem os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, registrou variação de 0,29%. No mês anterior, a taxa foi de -0,04%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), na cidade de São Paulo, apresentou a quinta alta seguida, ao atingir 0,59% na segunda prévia do mês, um aumento de 0,06 ponto percentual sobre o resultado anterior (0,53%).
Com este contexto incerto, o principal índice da bolsa paulista, o Ibovespa, encerrou a semana acumulando perdas de 3,1% aos 56.731 pontos.
Confira o gráfico, além das maiores altas, baixas e as ações mais negociadas da semana:
Ibovespa
As maiores altas da semana
ATIVOCÓDIGOÚLTIMOVARIAÇÃO
MARFRIGMRFG37,856,80%
JBSJBSS35,415,25%
BMFBOVESPABVMF310,583,39%
LIGHT S/ALIGT327,303,14%
KLABIN S/AKLBN46,832,86%
As maiores baixas da semana
ATIVOCÓDIGOÚLTIMOVARIAÇÃO
GAFISAGFSA35,18-17,52%
TELEMAR N LTMAR546,80-15,22%
SANTANDER BRSANB1113,16-11,50%
ROSSI RESIDRSID39,33-11,48%
BROOKFIELDBISA35,63-10,63%
Mais negociadas da semana
ATIVOCÓDIGOÚLTIMOVOLUMESEGMENTO
VALEVALE5R$ 41,252.324.367.616,00Minerais Metálicos
PETROBRASPETR4R$ 21,751.221.128.768,00Exploração e/ou Refino
ITAUUNIBANCOITUB4R$ 30,45724.097.216,00Bancos
BRASILBBAS3R$ 24,26528.817.584,00Bancos
OGX PETROLEOOGXP3R$ 13,90520.346.560,00Exploração e/ou Refino
Dólar:
DólarNo mercado de câmbio, com uma semana mais curta e um cenário de muita incerteza e pessimismo, a moeda americana sentiu os efeitos e fechou com alta. A preocupação dos investidores com a situação da Europa ampliou a procura por dólares e elevou a moeda em 2,1% em quatro sessões. Com isso, a moeda encerrou a semana negociada a R$ 1,7810.
Confira o gráfico:
Enfoque Informações Financeiras

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