quarta-feira, 23 de novembro de 2011

EUROPA: BANCOS ACELERAM TROCA DE DÍVIDA E AÇÕES P/LEVANTAR CAPITAL


EUROPA: BANCOS ACELERAM TROCA DE DÍVIDA E AÇÕES P/LEVANTAR 
CAPITAL 

Londres, 23 - Os bancos europeus aceleraram o ritmo das trocas de dívidas e outras medidas para levantar capital e reassegurar sua força financeira aos investidores.
O Banco Bilbao Vizcaya Argentaria SA, da Espanha, ofereceu-se na noite de ontem para trocar € 3,5 bilhões em ações preferenciais por um novo bônus obrigatório conversível que poderia adicionar um ponto porcentual a sua taxa de capital Tier 1. 


Os líderes da União Europeia fecharam um acordo no fim de outubro de que os bancos da região deveriam elevar suas taxas de capital para 9% em junho, desencadeando uma nova 
rodada de reformulação de balanços.


O Banco Santander deu início ao processo na semana com uma oferta para detentores de 
bônus júnior para trocar sua dívida com um desconto por notas de vencimento curto e 
avaliação mais alta, e foi logo seguido pelo holandês bancassurer SNS Reaal NV, os 
franceses BNP Paribas e Société Générale SA (GLE.FR) em oferta de troca de dívida 
semelhantes.


Embora os detentores de bônus tenha reclamado do termos de algumas das ofertas, as 
propostas foram amplamente bem recebidas por analistas como uma maneira sensata para 
aumentar os níveis de capital, sem ter que buscar dinheiro com acionistas ou vender ativos a 
preços de liquidação.


Os detentores de bônus normalmente concordam com os negócios, porque eles acabam com 
dívidas mais líquidas e de melhor qualidade, e podem já ter tido perdas marcadas a mercado 
com as notas a serem trocadas.


A transação do BBVA é a única até agora que envolve ações, resultando em uma diluição 
para os acionistas existentes. Um pequeno número de outros bancos, incluindo UniCredit, da 
Itália, anunciaram emissões de direitos puras que são mais diluidoras, mas geralmente 
levantam grandes quantidades de dinheiro de uma só vez.


Analistas de crédito do BNP Paribas preveem que mais bancos irão implementar mudanças 
das suas dívidas subordinadas para realizar lucros. A maior parte da dívida bancária 
subordinada da região está sendo negociada em cerca de 80% do valor de face por causa de 
seu status júnior em caso de falência do emissor e por que os bancos se tornaram menos 
propensos a optar por pagá-las em datas de "Call" regulares antes do vencimento final.


Por meio da troca de bônus por novas notas, os bancos efetivamente compram de volta a 
dívida por um preço mais baixo e também podem ser beneficiar da redução de seus próprios 
hedges contra flutuações das taxas de juros sobre os bônus. As informações são da Dow 
Jones. 

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