PANAMERICANO: Banco precisa receber R$ 600 milhões, afirma Folha
São Paulo, 16 de novembro de 2011 - O Banco Panamericano precisa de um
aporte de R$ 600 milhões para mudar uma situação de capital próprio,
considerado muito baixo para continuar com seu ritmo de concessão de novos
financiamentos. As informações estão em reportagem de Toni Sciarretta, Julio
Wiziack e Flávio Ferreira, publicada na edição de terça-feira da "Folha de
S. Paulo".
A instituição, que era propriedade do apresentador Silvio Santos, ficou
próxima de quebrar no fim do ano passado, após a descoberta de um esquema de
fraudes que totalizaram um rombo de R$ 4,3 bilhões. O episódio provocou a
abertura de um inquérito pela Polícia Federal (PF). Atualmente, o banco é
comandado pelo BTG Pactual, que adquiriu a participação de Silvio Santos, e
pela Caixa Econômica Federal, com uma fatia de 36%.
Para fazer operações de crédito, uma instituição financeira precisa
ter, no mínimo, 11% de capital próprio, conforme determinam as regras do
mercado. O Panamericano tem atualmente 11,99%, mas o Banco Central (BC) exigiu
um aporte dos sócios.
O aumento de capital deveria ser feito ainda em 2011. No entanto, a Caixa
também está sendo investigada pela PF por suspeita de que teria adquirido
participação no Panamericano com consciência do rombo e por supostas
influências políticas. O banco nega que houve pressão para realizar a
transação.
A ideia inicial do BC, segundo a reportagem, era um aporte de R$ 1 bilhão
no banco, mas os atuais dirigentes do PanAmericano decidiram por um investimento
de R$ 600 milhões, que exigiria menos de R$ 250 milhões da Caixa.
Ainda segundo a publicação, para capitalizar o banco, os executivos estudam
realizar uma Oferta Pública de Ações (OPA) no início de 2012.
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