sábado, 7 de abril de 2012

Dólar recua nos EUA após dados decepcionantes do mercado de trabalho


NOVA YORK - Os dados decepcionantes sobre o mercado de trabalho dos EUA (payroll) fizeram o dólar cair hoje para seu menor nível em quase um mês ante o iene, já que o indicador reascende as dúvidas sobre a força da recuperação da economia norte-americana.

No fim da tarde em Nova York, o euro era negociado a US$ 1,3088, de US$ 1,3065 ontem. O dólar estava cotado a 81,66 ienes, de 82,20 ienes; enquanto o euro recuava para 106,60 ienes, de 107,55 ienes. O dólar também caía para 0,9165 franco suíço, de 0,9195 franco suíço. O índice ICE Dollar, que pesa a cotação da moeda norte-americana ante uma cesta de seis principais rivais, estava em 79,839 pontos, de 80,076 pontos ontem.
Com os volumes de negociação muito baixos, em função do feriado de Páscoa, os investidores reagiram negativamente aos dados do payroll. A economia dos EUA criou apenas 120 mil empregos em março, quando a previsão dos analistas ouvidos pela Dow Jones era de aumento de 203 mil. É a primeira vez desde novembro que a geração de empregos fica abaixo da marca de 200 mil, nível considerado saudável pelos economistas.
O indicador ruim reascendeu expectativas de que o Federal Reserve pode lançar uma terceira rodada de afrouxamento quantitativo (QE3, na sigla em inglês). Segundo analistas, o dado valida a postura cautelosa expressada recentemente pelo presidente do banco central, Ben Bernanke, sobre a recuperação do mercado de trabalho.
“O dado certamente é consistente com os comentários de Bernanke sobre esperar para ver o que acontece em termos do ritmo da recuperação e do aumento nos juros dos bônus”, que têm impulsionado os ganhos do dólar recentemente, afirma Nick Bennenbroek, diretor de estratégia cambial do Wells Fargo.
Mesmo assim, qualquer fraqueza do dólar deve ser compensada pelos renovados temores em relação à crise da dívida soberana na Europa. Os receios em relação à capacidade da Espanha de conter seu déficit orçamentário têm feito os yelds dos bônus do país aumentarem fortemente nos últimos dias, contaminando outros países problemáticos, como a Itália, e pesando sobre o euro. Mesmo com o avanço de hoje, a moeda comum europeia encerrou a semana com uma retração de mais de 2% ante o dólar. As informações são da Dow Jones.

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