quinta-feira, 26 de julho de 2012

SIDERURGIA E MINERAÇÃO: PN da Vale recupera após ficar abaixo dos R$ 34


   São Paulo, 26 de julho de 2012 - As ações da Vale inverteram o sinal 
negativo e fecharam em alta na BM&FBovespa após registrarem as menores
cotações do ano. Com um giro de mais de R$ 1 bilhão, as ações preferenciais
da mineradora (VALE5) atingiram a mínima de R$ 33,92, encerrando com alta de
0,76%, a R$ 35,39. As ordinárias (VALE3) subiram 1,23% a R$ 36,09, após cair a
 R$ 34,35.


   Os papéis abriram o pregão de hoje em queda, após a Vale reportar um
lucro líquido de R$ 5,314 bilhões no segundo trimestre de 2012, queda de 48,3%
 ante igual período do ano anterior, pior que a expectativa do mercado.

   "Os papéis caíram demais na expectativa do balanço e quando ele veio
pior que o esperado as ações afundaram mais um pouco. Após a teleconferência
com analistas e investidores, com notícias menos preocupantes, os papéis
passaram a se recuperar", diz Pedro Galdi, estrategista-chefe da SLW.

   Durante as teleconferências com analistas realizadas pela Vale hoje, Murilo
Ferreira, presidente da companhia, admitiu o impacto dos preços mais baixos de
minério de ferro nos resultados da companhia e o baixo desempenho de metais
básicos, devendo agora a companhia revisar seu orçamento e priorizar os
projetos de minério de ferro, carvão e fertilizantes, que trazem maior retorno
ao investidor.  Ferreira ainda falou que o preço de minério não deve ficar
abaixo dos US$ 120 por tonelada e que espera uma recuperação no segundo
semestre deste ano.

   Sobre as pendências com o Departamento Nacional de Produção Mineral
(DNPM), relativas à cobrança do Compensação Financeira pela Exploração de
Recursos Minerais (Cfem), Ferreira afirmou que já atingiu uma redução no
valor importante, mas que agora o acordo entra numa segunda fase, em que o
conselho da Vale irá avaliar esses dados e levar novamente ao DNPM antes que um
 acordo seja efetivamente consolidado.

   No exterior, os ADRs da Vale, que recuavam mais de 1%, também apresentaram
recuperação, com os lastreados pelas preferenciais (VALE_P) subindo 1,51%, a
US$ 17,41 e os pelas ordinárias (VALE), 1,37%, a US$ 17,65.

   Com a inversão da Vale, apenas os papéis da CSN (CSNA3) encerraram em
queda de 0,96%, a R$ 9,24. Os ADRs da companhia (SID), contudo, tiveram alta de
0,21%, a US$ 4,56.

   As ações da MMX (MMXM3) tiveram a maior alta entre os papéis do setor de
siderurgia e mineração avançando 5,15%, a R$ 5,51. As preferenciais da
Usiminas (USIM5; 5,10%, a R$ 5,97) também subiram mais de 5%, seguidas das
ordinárias (USIM3; 4,10%, a R$ 6,85).

   Os papéis da Gerdau aceleraram os ganhos da primeira etapa, com as
ordinárias da companhia (GGBR3; 3,76%, a R$ 14,04), as preferenciais (GGBR4;
3,59%, a R$ 17,30) e as ações da Gerdau Metalúrgica (GOAU4; 3,57%, a R$
21,70) subindo mais de 3%. Os ADRs da Gerdau (GGB; 3,78%, a R$ 8,50) tiveram
ganhos no mesmo patamar.

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