terça-feira, 28 de agosto de 2012

COPOM: Começa 1ª etapa da reunião; mercado espera corte de 0,50 pp na Selic


Brasília, 28 de agosto de 2012 - Começou há pouco, às 16h12, a primeira etapa da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que definirá a taxa básica de juros - a Selic - que vigorará nos próximos 45 dias. O mercado estima um novo corte de 0,5 ponto percentual (pp) na taxa, para 7,5% ao ano, o que marca a nona queda consecutiva nos juros no governo de Dilma Rousseff e um novo patamar mínimo histórico para a taxa. Os economistas ainda vêem espaço para um corte adicional de 0,25 pp neste ano, estacionando a taxa em 7,25% ao fim de 2012.


   As últimas comunicações do BC, como a ata da última reunião do Copom e
o Relatório Trimestral de Inflação, não continham sinais de que a autoridade
monetária iria encerrar nesta reunião o ciclo de queda da Selic. Por isso,
novamente, há sintonia nas apostas do mercado. Das 70 instituições ouvidas
pelo Termômetro CMA, pesquisa feita pela Agência CMA com as previsões para os
principais indicadores do País, 68 apostam em queda da taxa em 0,50 pp e duas
em queda de 0,25 pp.

   Os economistas voltam as atenções para o comunicado do Copom amanhã, em
busca de sinalizações sobre o fim do ciclo de queda dos juros. A aceleração
da inflação e os sinais de que a economia esteja de fato se recuperando neste
segundo semestre já estão preocupando alguns analistas.

   Para Thiago Curado, economista da Tendências Consultoria, o BC já deveria
ter encerrado os cortes na Selic, em função, principalmente, da inflação em
2013. "Teremos uma pressão grande dos preços administrados em 2013 e os
componentes de demanda continuam muito fortes. Em 2012, fatores como preços
administrados não pesaram tanto, porque é um ano eleitoral e os reajustes
estão congelados. Mas a inflação vai voltar a ser pressionada à medida que
esses outros fatores deixarem de fazer a compensação da demanda", explicou. O
mercado projeta o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em
5,50% para 2013, de acordo com a última pesquisa Focus, divulgada segunda-feira
 pelo BC.

   Curado também avalia que já se esgotaram as possibilidades da política
monetária de incentivar a atividade. "O crédito se recuperou, a
inadimplência está em queda e já estamos vendo retomada do consumo neste
segundo semestre", disse. Apesar dessa avaliação, a Tendências aposta em
queda de 0,5 pp, em função das sinalizações do BC.

   Para Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, um dos que
aposta em queda de 0,25 pp, um corte maior do que isso é desnecessário. "É
uma atuação muito forte num momento em que a inflação está merecendo mais
atenção", avalia.

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