São Paulo, 2 de agosto de 2012 - O presidente do Banco Central Europeu
(BCE), Mario Draghi, disse hoje que a decisão tomada no conselho de política
monetária sobre a possibilidade de realizar compras de títulos soberanos no
mercado secundário representa um "guidance" e não um compromisso concreto de
que isto será realizado no futuro próximo. A declaração ocorreu na coletiva
de imprensa que sucedeu a reunião de política monetária.
"O que nós expressamos neste momento é um guidance [para compra de
títulos soberanos no mercado secundário]", disse. "É um guidance para os
diferentes comitês elaborarem o seu funcionamento [operações]. Ele é
diferente dos outros programas de compra de ativos [SMP], primeiro porque as
condições estão explícitas. Segundo porque eles serão transparentes sobre
os montantes e quem será beneficiado. E terceiro porque ele estará focado na
parte curta da curva de yield [compra de títulos de curto prazo]". Ele também
fez questão de ressaltar que não há uma decisão a respeito da
esterilização dos títulos a serem comprados.
Os mercados ficaram decepcionados com esta decisão, uma vez que esperavam o
anúncio de uma ação mais concreta, como uma nova rodada de operações de
refinanciamento de longo prazo (LTROs, na sigla em inglês).
Os detalhes a respeito das operações, disse ele, serão divulgados nas
próximas semanas, depois que forem acertados pelos comitês que serão
envolvidos nesta operação. A quantidade, que também está para ser definida,
será "o necessário para atingir nosso objetivo", declarou.
Draghi explicou que o motivo para o conselho aprovar este guidance foi um
"senso de piora da crise e de piora da fragmentação do mercado financeiro",
descartando a existência de um motivo específico. "Eu não apontaria para uma
questão específica. Nada nos aterrorizou [para decidir pelo guidance]. Nada
nos aterroriza. Nós analisamos a situação com calma", afirmou.
Especificamente a respeito da parte de intervenção nos títulos de dívida
soberana de curto prazo, o responsável pela política monetária da zona do
euro afirmou que ele "cai na lista dos instrumentos clássicos de política
monetária".
O presidente Draghi fez questão de ressaltar que esta operação não
circunda a proibição ao BCE de financiar governos, uma vez que ocorrerá no
mercado secundário, buscando reforçar em sua fala o seu compromisso com o
mandato da instituição - manutenção da estabilidade de preços. "Não
iremos além de nosso mandato", declarou.
Ele afirmou que as compras de títulos só ocorrerão depois que os países
cumprirem algumas condições, no caso, reformas fiscais e econômicas. Neste
ponto, ele fez um alerta. "A política monetária não será suficiente para
baixar os juros [dos países], a não ser que haja ações por parte dos
governos. Por isso as condicionantes são necessárias", disse.
(BCE), Mario Draghi, disse hoje que a decisão tomada no conselho de política
monetária sobre a possibilidade de realizar compras de títulos soberanos no
mercado secundário representa um "guidance" e não um compromisso concreto de
que isto será realizado no futuro próximo. A declaração ocorreu na coletiva
de imprensa que sucedeu a reunião de política monetária.
"O que nós expressamos neste momento é um guidance [para compra de
títulos soberanos no mercado secundário]", disse. "É um guidance para os
diferentes comitês elaborarem o seu funcionamento [operações]. Ele é
diferente dos outros programas de compra de ativos [SMP], primeiro porque as
condições estão explícitas. Segundo porque eles serão transparentes sobre
os montantes e quem será beneficiado. E terceiro porque ele estará focado na
parte curta da curva de yield [compra de títulos de curto prazo]". Ele também
fez questão de ressaltar que não há uma decisão a respeito da
esterilização dos títulos a serem comprados.
Os mercados ficaram decepcionados com esta decisão, uma vez que esperavam o
anúncio de uma ação mais concreta, como uma nova rodada de operações de
refinanciamento de longo prazo (LTROs, na sigla em inglês).
Os detalhes a respeito das operações, disse ele, serão divulgados nas
próximas semanas, depois que forem acertados pelos comitês que serão
envolvidos nesta operação. A quantidade, que também está para ser definida,
será "o necessário para atingir nosso objetivo", declarou.
Draghi explicou que o motivo para o conselho aprovar este guidance foi um
"senso de piora da crise e de piora da fragmentação do mercado financeiro",
descartando a existência de um motivo específico. "Eu não apontaria para uma
questão específica. Nada nos aterrorizou [para decidir pelo guidance]. Nada
nos aterroriza. Nós analisamos a situação com calma", afirmou.
Especificamente a respeito da parte de intervenção nos títulos de dívida
soberana de curto prazo, o responsável pela política monetária da zona do
euro afirmou que ele "cai na lista dos instrumentos clássicos de política
monetária".
O presidente Draghi fez questão de ressaltar que esta operação não
circunda a proibição ao BCE de financiar governos, uma vez que ocorrerá no
mercado secundário, buscando reforçar em sua fala o seu compromisso com o
mandato da instituição - manutenção da estabilidade de preços. "Não
iremos além de nosso mandato", declarou.
Ele afirmou que as compras de títulos só ocorrerão depois que os países
cumprirem algumas condições, no caso, reformas fiscais e econômicas. Neste
ponto, ele fez um alerta. "A política monetária não será suficiente para
baixar os juros [dos países], a não ser que haja ações por parte dos
governos. Por isso as condicionantes são necessárias", disse.
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