quinta-feira, 2 de agosto de 2012

FMI: Política fiscal dos EUA está pesando sobre crescimento da economia


   São Paulo, 2 de agosto de 2012 - O Fundo Monetário Internacional (FMI)
afirmou num relatório que a política fiscal dos Estados Unidos está afetando

sobre o crescimento da economia norte-americana, principalmente por causa da
perspectiva de um corte abrupto nos gastos públicos no ano que vem - o chamado
"penhasco fiscal".

   Em sua avaliação periódica sobre a economia dos Estados Unidos, divulgada
hoje, o FMI diz ser necessário adotar um ritmo de redução do déficit
orçamentário que não comprometa a recuperação do país. "Em particular, os
diretores concordaram que remover a incerteza criada pelo 'penhasco fiscal' e
 elevar prontamente o teto da dívida é essencial", diz o documento.

   O fundo prevê que a concretização do penhasco fiscal poderia prejudicar a
atividade econômica teria efeitos significativos sobre o crescimento
doméstico dos Estados Unidos e também em outras nações, dada a importância
sistêmica da economia do país.

   "As autoridades devem abordar a incerteza o mais brevemente possível,
inclusive por meio da prorrogação temporária das atuais políticas caso um
acordo bipartidário sobre impostos e gastos públicos seja muito difícil de
ser atingido neste ano."

   O FMI também disse que a política monetária norte-americana precisará
ser bastante frouxa por um bom tempo e que há espaço para mais medidas nesse
sentido se houver uma deterioração das perspectivas econômicas, embora parte
dos diretores do órgão tenham destacado que a eficácia do afrouxamento
poderia ser limitada pelo ambiente de juros baixos.

   Além disso, o FMI também ressaltou os potenciais efeitos adversos desse
tipo de política monetária, como o aumento no fluxo de capital e dos preços
das commodities.

   O órgão disse que novas medidas podem ser necessárias para recuperar o
setor de habitação dos Estados Unidos, entre elas providências para facilitar
o aluguel de residências cujas hipotecas foram executadas. Em relação ao
mercado de trabalho, o FMI destacou a lenta melhora no quadro de emprego e pediu
 incentivos fiscais temporários para a criação de vagas.

   As autoridades norte-americanas foram elogiadas pelo progresso significativo
alcançado durante o ano passado na implementação nacional e internacional de
reformas financeiras, mas a diretoria do Fundo enfatizou a necessidade de
aumentar a resistência do sistema financeiro dos EUA por meio de mais
regulação para os fundos do mercado monetário e da adoção dos compromissos
previstos nas regras de Basileia III.

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