quarta-feira, 22 de agosto de 2012

GRÉCIA: Novo plano fiscal dependeria de financiamento indireto, diz WSJ


   São Paulo, 22 de agosto de 2012 - O governo da Grécia pretende estender
seu programa de ajustes fiscais em dois anos, em um novo plano que,

supostamente, não exigirá que os seus parceiros da eurozona injetem mais
dinheiro diretamente no país, e envolve mais meios indiretos de financiamento
da dívida. As informações são do periódico "The Wall Street Journal"
(WSJ), que falou com fontes próximas da situação.

   Segundo a proposta do governo grego, os ajustes fiscais serão feitos até
2016, e não até 2014, como consta no acordo atual. Além disso, o país
precisará reduzir seu déficit do orçamento em 1,5 ponto percentual por ano, e
não em 2,5 pontos percentuais por ano, como pretende o plano sendo
implementado.

   Essa extensão em dois anos dos ajustes podem custar até 20 milhões de
euros aos credores da Grécia. Como certos países da eurozona - Alemanha,
Áustria, Finlândia e Holanda, por exemplo - já repetiram que não
emprestarão mais dinheiro aos gregos diretamente, o governo precisará obter o
capital por meio de outras fontes.

   Parte dos recursos viria de um empréstimo de 8,2 bilhões de euros que
seria liberado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em 2015 e o restante do
dinheiro seria obtido por meio da emissão de títulos do Tesouro. Para que
essa opção seja possível, o Banco Central Europeu (BCE) precisaria voltar a
aceitar os papéis do Tesouro da Grécia como colateral, o que deixou de
acontecer em julho deste ano.

   Além disso, com o novo plano, o governo também quer adiar o pagamento do
primeiro resgate da Troika - grupo formado por representantes do Fundo
Monetário Internacional (FMI), Comissão Europeia e Banco Central Europeu
(BCE)- de 2016 para 2020.

   O primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, se reúne hoje com o
presidente do Eurogrupo, Antonis Samaras, quando deve apresentar a proposta. Na
sexta-feira, ele se encontra com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e no
sábado conversará com François Hollande, presidente da França.

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