São Paulo, 2 de agosto de 2012 - O principal índice acionário da
BM&FBovespa apresenta queda no pregão de hoje, seguindo o mercado internacional
que também opera no patamar negativo em decorrência da frustração com as
declarações de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), após
reunião da instituição. O Ibovespa já abriu o pregão em queda, repercutindo
a falta de medidas concretas no anúncio da política monetária do BCE mais
cedo.
"Declarações do Draghi acabaram surpreendendo negativamente. Todo mundo
estava esperando que ele viesse com algo mais concreto e acabou se frustrando",
avalia Jankiel Santos, economista-chefe do Espírito Santo Investment Bank. Há
pouco, o principal índice de ações da BM&FBovespa caía 1,34%, a 55.535
pontos. O volume de negócios na bolsa era de R$ 2,711 bilhões. O Ibovespa
futuro, com vencimento neste mês, recuava 1,90%, a 55.620 pontos.
Apesar da frustração com o BCE, Adriano Moreno, estrategista da
FuturaInvest, avalia que o mercado acionário poderia apresentar quadro ainda
pior. "Estou achando o mercado bem firme, era para ter cedido mais com a
frustração com ausência de medidas do BCE", afirma Moreno.
Após o Banco Central Europeu (BCE) anunciar a manutenção da taxa básica
de juros dos países que compõem a zona do euro em 0,75% ao ano, Draghi afirmou
que o crescimento na zona do euro segue fraco e ressaltou que a instituição
pode voltar a realizar operações com títulos de dívida diante da ameaça que
a tensão nos mercados financeiros pode trazer ao crescimento e à inflação
no bloco monetário. No entanto, nenhuma medida foi anunciada.
Ante o discurso de Draghi e a frustração com o BCE, os indicadores
domésticos e internacionais do dia acabaram ofuscados e tanto Adriano Moreno
quanto Jankiel Santos avaliam que o Ibovespa deve encerrar o pregão de hoje em
queda. Entre um dos dados que foram divulgados hoje, mas sem muito efeito nos
investidores, o aumento de 8 mil novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados
Unidos, para 365 mil, veio em linha com a expectativa do mercado.
Os principais papéis do Ibovespa refletem a perspectiva frustrada de que o
BCE anunciaria hoje alguma medida para minimizar a crise na zona do euro, já
que Draghi havia dito na semana passada que faria tudo para proteger o euro e
que as medidas que a instituição adotaria seriam mais que suficientes para
convencer o mercado disso.
Entre as ações mais negociados do dia, as ações preferenciais da
Petrobras (PETR4) ocupavam o primeiro lugar, cotada sa R$ 19,69, com
desvalorização de 0,65%. Em seguida estavam as ações preferenciais da Vale
(VALE5), com queda de 1,20%, cotadas a R$ 36,11. O terceiro maior volume
financeiro estavam com os papéis do Itaú Unibanco (ITUB4), com queda de 1,31%,
aos R$ 31,51.
No noticiário corporativo brasileiro, duas empresas divulgaram seus
balanços antes da abertura da bolsa brasileira. A Suzano registrou prejuízo
líquido de R$ 264 milhões, no segundo trimestre, revertendo o lucro líquido
de R$ 104 milhões, no mesmo período de 2011. O resultado veio melhor do que o
esperado pelo mercado, que previa prejuízo líquido em torno de R$ 330
milhões, segundo a média dos analistas consultados pela Agência Leia. As
ações preferenciais da Suzano (SUZB5) tinham queda de 2,25%, para R$ 3,91.
A Gerdau reportou lucro líquido consolidado de R$ 549 milhões no segundo
trimestre de 2012, de alta 9% em relação ao total de R$ 503 milhões
reportados em igual período de 2011. O resultado veio acima da expectativa do
mercado apurada pela Agência Leia, que previa um lucro líquido de R$ 456,3
milhões para o trimestre, o que representaria uma queda de 9,27% ante igual
período de 2011. As ações preferenciais da Gerdau (GGBR4) tinham
valorização de 0,88%, para R$ 18,19, figurando entre as mais negociadas do
Ibovespa.
Mercado internacional
Nos Estados Unidos, a maioria os índices também operam em queda. Há
pouco, o Dow Jones recuava 0,71%, aos 12.830,00 pontos; o S&P 500 perdia 0,67%,
aos 1.361,20 pontos; e o Nasdaq Composto caía 0,70%, aos 2.606,50.
Os principais índices europeus encerraram o dia em queda, tambék
refletindo o desapontamento com a ausência do anúncio de mais medidas de
estímulo e de combate à crise por parte do Banco Central Europeu (BCE). O
índice FTSE-100, principal da bolsa de Londres, fechou com retração de 0,88%,
a 5.662,30 pontos; o CAC-40, de Paris, registrou queda de 2,68%, a 3.232,46
pontos; o DAX-30, de Frankfurt, encerrou com perda de 2,20%, a 6.606,09 pontos;
o FTSE MIB, da bolsa de Milão, caiu 4,64%, a 13.282,55 pontos; o
Ibex-35, de Madri, perdeu 5,16%, a 6.373,40 pontos e o SMI-20, de Zurique,
apresentou ganho de 0,13%, a 6.407,30 pontos.
Petróleo
Os contratos futuros do petróleo operam em baixa. Em Londres, o Brent para
setembro subia 0,35%, a US$ 106,34 o barril. Em Nova York, o WTI para setembro
tinha queda de 1,09%, a US$ 87,94 o barril.
Câmbio
O dólar comercial operava com alta de 0,29%, cotado a R$ 2,0510 para venda
e R$ 2,0490 para compra. No mercado futuro, há pouco, o contrato da moeda
norte-americana com vencimento para setembro valorizava 0,24%, a R$ 2.062,500.
Juros
Os contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI) operam em baixa. Há
pouco, o contrato mais líquido era o com vencimento em julho de 2014, que
desacelerava de 8,08% para 8,02% e tinha giro de R$ 1,967 bilhão. O segundo
contrato com maior volume era o de dezembro de 2012, que seguia o mesmo caminho
e caía de 7,40% para 7,39%, movimentando R$ 1,075 bilhão.
BM&FBovespa apresenta queda no pregão de hoje, seguindo o mercado internacional
que também opera no patamar negativo em decorrência da frustração com as
declarações de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), após
reunião da instituição. O Ibovespa já abriu o pregão em queda, repercutindo
a falta de medidas concretas no anúncio da política monetária do BCE mais
cedo.
"Declarações do Draghi acabaram surpreendendo negativamente. Todo mundo
estava esperando que ele viesse com algo mais concreto e acabou se frustrando",
avalia Jankiel Santos, economista-chefe do Espírito Santo Investment Bank. Há
pouco, o principal índice de ações da BM&FBovespa caía 1,34%, a 55.535
pontos. O volume de negócios na bolsa era de R$ 2,711 bilhões. O Ibovespa
futuro, com vencimento neste mês, recuava 1,90%, a 55.620 pontos.
Apesar da frustração com o BCE, Adriano Moreno, estrategista da
FuturaInvest, avalia que o mercado acionário poderia apresentar quadro ainda
pior. "Estou achando o mercado bem firme, era para ter cedido mais com a
frustração com ausência de medidas do BCE", afirma Moreno.
Após o Banco Central Europeu (BCE) anunciar a manutenção da taxa básica
de juros dos países que compõem a zona do euro em 0,75% ao ano, Draghi afirmou
que o crescimento na zona do euro segue fraco e ressaltou que a instituição
pode voltar a realizar operações com títulos de dívida diante da ameaça que
a tensão nos mercados financeiros pode trazer ao crescimento e à inflação
no bloco monetário. No entanto, nenhuma medida foi anunciada.
Ante o discurso de Draghi e a frustração com o BCE, os indicadores
domésticos e internacionais do dia acabaram ofuscados e tanto Adriano Moreno
quanto Jankiel Santos avaliam que o Ibovespa deve encerrar o pregão de hoje em
queda. Entre um dos dados que foram divulgados hoje, mas sem muito efeito nos
investidores, o aumento de 8 mil novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados
Unidos, para 365 mil, veio em linha com a expectativa do mercado.
Os principais papéis do Ibovespa refletem a perspectiva frustrada de que o
BCE anunciaria hoje alguma medida para minimizar a crise na zona do euro, já
que Draghi havia dito na semana passada que faria tudo para proteger o euro e
que as medidas que a instituição adotaria seriam mais que suficientes para
convencer o mercado disso.
Entre as ações mais negociados do dia, as ações preferenciais da
Petrobras (PETR4) ocupavam o primeiro lugar, cotada sa R$ 19,69, com
desvalorização de 0,65%. Em seguida estavam as ações preferenciais da Vale
(VALE5), com queda de 1,20%, cotadas a R$ 36,11. O terceiro maior volume
financeiro estavam com os papéis do Itaú Unibanco (ITUB4), com queda de 1,31%,
aos R$ 31,51.
No noticiário corporativo brasileiro, duas empresas divulgaram seus
balanços antes da abertura da bolsa brasileira. A Suzano registrou prejuízo
líquido de R$ 264 milhões, no segundo trimestre, revertendo o lucro líquido
de R$ 104 milhões, no mesmo período de 2011. O resultado veio melhor do que o
esperado pelo mercado, que previa prejuízo líquido em torno de R$ 330
milhões, segundo a média dos analistas consultados pela Agência Leia. As
ações preferenciais da Suzano (SUZB5) tinham queda de 2,25%, para R$ 3,91.
A Gerdau reportou lucro líquido consolidado de R$ 549 milhões no segundo
trimestre de 2012, de alta 9% em relação ao total de R$ 503 milhões
reportados em igual período de 2011. O resultado veio acima da expectativa do
mercado apurada pela Agência Leia, que previa um lucro líquido de R$ 456,3
milhões para o trimestre, o que representaria uma queda de 9,27% ante igual
período de 2011. As ações preferenciais da Gerdau (GGBR4) tinham
valorização de 0,88%, para R$ 18,19, figurando entre as mais negociadas do
Ibovespa.
Mercado internacional
Nos Estados Unidos, a maioria os índices também operam em queda. Há
pouco, o Dow Jones recuava 0,71%, aos 12.830,00 pontos; o S&P 500 perdia 0,67%,
aos 1.361,20 pontos; e o Nasdaq Composto caía 0,70%, aos 2.606,50.
Os principais índices europeus encerraram o dia em queda, tambék
refletindo o desapontamento com a ausência do anúncio de mais medidas de
estímulo e de combate à crise por parte do Banco Central Europeu (BCE). O
índice FTSE-100, principal da bolsa de Londres, fechou com retração de 0,88%,
a 5.662,30 pontos; o CAC-40, de Paris, registrou queda de 2,68%, a 3.232,46
pontos; o DAX-30, de Frankfurt, encerrou com perda de 2,20%, a 6.606,09 pontos;
o FTSE MIB, da bolsa de Milão, caiu 4,64%, a 13.282,55 pontos; o
Ibex-35, de Madri, perdeu 5,16%, a 6.373,40 pontos e o SMI-20, de Zurique,
apresentou ganho de 0,13%, a 6.407,30 pontos.
Petróleo
Os contratos futuros do petróleo operam em baixa. Em Londres, o Brent para
setembro subia 0,35%, a US$ 106,34 o barril. Em Nova York, o WTI para setembro
tinha queda de 1,09%, a US$ 87,94 o barril.
Câmbio
O dólar comercial operava com alta de 0,29%, cotado a R$ 2,0510 para venda
e R$ 2,0490 para compra. No mercado futuro, há pouco, o contrato da moeda
norte-americana com vencimento para setembro valorizava 0,24%, a R$ 2.062,500.
Juros
Os contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI) operam em baixa. Há
pouco, o contrato mais líquido era o com vencimento em julho de 2014, que
desacelerava de 8,08% para 8,02% e tinha giro de R$ 1,967 bilhão. O segundo
contrato com maior volume era o de dezembro de 2012, que seguia o mesmo caminho
e caía de 7,40% para 7,39%, movimentando R$ 1,075 bilhão.
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