O Barclays não está animado com o resultado da Vale no terceiro trimestre, a ser anunciado em 24 de outubro, segundo relatório divulgado há pouco.
Os analistas do banco inglês projetam um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de US$ 3,3 bilhões, o menor dos últimos dois anos, 66% abaixo dos US$ 9,6 bilhões do mesmo período de 2011. A margem Ebitda também cai para 34%, ante 59% entre julho e setembro do ano passado. A receita líquida estimada é de US$ 9,8 bilhões, 40% a menos que no mesmo trimestre de 2011 e o lucro esperado é de US$ 1,5 bilhão, queda de 68% ante o do terceiro trimestre de 2011.
O balanço da companhia, no período, avaliam os analistas Leonardo Correa, Pedro Grimaldi e Luiz Fornari, foi fortemente impactado pela queda de 28% no preço do minério de ferro faturado pela companhia, enquanto que a divisão de metais não ferrosos deve ter fechado no vermelho devido à retração violenta dos preços do níquel no mercado global e problemas nas operações das minas da Nova Caledônia e de Onça Puma, esta última no Brasil.
Apesar do bom comportamento dos preços do minério de ferro em julho, que ficou na média em US$ 129 a tonelada no spot chinês, pela referência Platts Iodex 62% Fe, nos dois meses subsequentes o preço à vista na China chegou a cair abaixo de US$ 100 por conta de um mercado muito ruim, com as usinas locais num processo de desestocagem, produtores de minério de alto custo com operações paralisadas e clientes chineses renegando os contratos trimestrais.
Nesse ambiente, a estratégia da Vale foi colocar o maior volume possível de minério na China e em outros mercados mesmo que a custo de descontos significativos. Com isso, o volume embarcado no terceiro trimestre, segundo previsão do Barclays foi de 78 milhões de toneladas, 4% acima do vendido no segundo trimestre. Enquanto o preço do minério faturado pela mineradora, segundo as estimativas dos analistas do banco, caiu 28%, ficando na faixa de US$ 75 ante US$ 103 no segundo trimestre de 2012.
Esse resultado fraco deve pressionar no curto prazo o desempenho das ações da mineradora, apesar do preço-alvo fixado pelo Barclays para os próximos 12 meses estar na faixa de US$ 25.
No cenário mais a frente, os analistas trabalham com uma recuperação dos preços à vista do minério no curto prazo, mas não acreditam que possa superar os patamares entre US$ 120 a US$ 130 a tonelada no spot chinês devido à transição política que acontece na China. Autor: Vinculado ao noticias.bol.uol
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