segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Com Petro e OGX em pontas opostas, Ibovespa fecha em queda de 0,17%


Bolsa brasileira teve baixo volume financeiro negociado, devido ao furacão Sandy nos EUA, levando a fechar as bolsas por lá.


SÃO PAULO - Na sétima queda em oito sessões, o Ibovespa da bolsa fechou em baixa de 0,17%, nesta segunda-feira (29), aos 57.176 pontos. O índice amenizou as perdas no final da tarde, após ter chegado a cair 1,22% pela manhã. O giro financeiro foi de R$ 4,0 bilhões, enfraquecido por conta do fechamento das bolsas norte-americanas, fechadas nesta e na próxima sessão na próxima data devido ao furacão Sandy, que assola a costa leste norte-americana. 

Sem os EUA como referência na sessão, o índice foi bastante pressionado pela forte queda das ações da Petrobras, (PETR3; PETR4), a segunda empresa mais representativa do índice. Esses papéis repercutiram o resultado divulgado na noite de sexta, quando trouxe um lucro líquido menor que o esperado pelos analistas, fazendo assim como que os papéis tivessem uma das maiores perdas do índice.
Com isso, os papéis ordinários registraram baixa de 3,45% aos R$ 22,10, enquanto os preferenciais tiveram perdas de 3,39% aos R$ 21,35. O benchmark da bolsa, porém, amenizou as perdas por conta da OGX Petróleo (OGXP3), que atingiu alta de 2,67%, aos R$ 4,61. Contudo, a petrolífera de Eike Batista segue pressionada, mesmo após sua tentativa de "blindar" as ações. 
Safra de resultados
Do lado corporativo, a Petrobras informou na sexta-feira, após o fechamento do mercado, queregistrou queda de 12,60% no lucro líquido atribuível aos acionistas no terceiro trimestre de 2012, para R$ 5,567 bilhões. O resultado da estatal veio abaixo das projeções compiladas pelo Portal InfoMoney, que era de lucro líquido de R$ 6,48 bilhões no trimestre.
A petrolífera afirmou ainda que os desinvestimentos continuarão em 2013 e que o aumento da importação refletiu em um resultado pior para a companhia. Entretanto, a companhia afirmou que acredita que o preço da gasolina se ajustará no médio prazo e que sua política de dividendos será mantida.
Além da Petro, os números da Fibria (FIBR3), que saíram nesta manhã, também estão no radar dos investidores. Os papéis FIBR3 tiveram valorização de 2,26%, aos R$ 18,10. Fora do índice, vale destacar os papéis da Eternit (ETER3), que registraram forte baixa de 10,87%, as vésperas do julgamento sobre a permissão de amianto crisolita no STF (Supremo Tribunal Federal).
Altas e baixas
Além da OGX Petróleo, outra empresa do grupo de Eike Batista foi destaque na sessão, mas na ponta oposta do índice. As ações da LLX Logística (LLXL3) registraram baixas de 6,50%, aos R$ 2,30, enquanto o papel da Braskem (BRKM5) teve queda de 3,81%, aos R$ 13,38.

As maiores baixas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram:
 Cód.AtivoCot R$% Dia% AnoVol1
 LLXL3LLX LOG ON2,30-6,50-31,7517,28M
 BRKM5BRASKEM PNA13,38-3,81+9,1915,68M
 ELET3ELETROBRAS ON11,10-3,65-32,246,47M
 PETR3PETROBRAS ON22,10-3,45-1,65100,83M
 PETR4PETROBRAS PN21,35-3,39+1,81430,54M

As maiores altas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram:
 Cód.AtivoCot R$% Dia% AnoVol1
 OGXP3OGX PETROLEO ON4,61+2,67-66,15191,12M
 GOAU4GERDAU MET PN22,78+2,34+28,9713,30M
 FIBR3FIBRIA ON18,10+2,26+30,508,78M
 CRUZ3SOUZA CRUZ ON27,20+2,10+22,8011,93M
 USIM5USIMINAS PNA9,90+2,06-1,8430,29M

As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram :
 CódigoAtivoCot R$Var %Vol1Neg 
 PETR4PETROBRAS PN21,35-3,39430,54M27.963 
 VALE5VALE PNA36,09+0,39250,97M12.326 
 OGXP3OGX PETROLEO ON4,61+2,67191,12M16.468 
 PETR3PETROBRAS ON22,10-3,45100,83M7.810 
 CIEL3CIELO ON49,50+1,5497,78M5.328 
 ITUB4ITAUUNIBANCO PN29,60+0,0393,08M6.256 
 VALE3VALE ON37,27+0,6576,38M4.180 
 GGBR4GERDAU PN17,89+1,6561,20M6.711 
 AMBV4AMBEV PN83,65+1,7560,86M1.583 
 BRML3BR MALLS PAR ON26,50-1,1258,14M6.986 
* - Lote de mil ações
1 - Em reais (K - Mil | M - Milhão | B - Bilhão)
Bolsas internacionais 
Sem pregão nos EUA, o mercado acompanhou os mercados da Europa. 
Na Europa, o índice CAC 40  da bolsa de Paris  registrou baixa de 0,76% e atingiu 3.409 pontos; no mesmo sentido, o índice DAX 30  da bolsa de Frankfurt desvalorizou-se 0,40% chegando a 7.203 pontos e o FTSE 100, da bolsa de Londres, caiu 0,20% a 5.795 pontos. 
Agenda doméstica
Na agenda econômica nacional, o Boletim Focus apontou para uma redução na perspectiva para a Selic em 2013, de 8% para 7,5% ao ano. A previsão para este ano foi mantida. O documento também mostrou que os analistas voltaram a aumentar a estimativa para a inflação neste ano e mantiveram a projeção para o PIB (Produto Interno Bruto).
Também na agenda doméstica, o ICI (Índice de Confiança da Indústria) avançou 1,0% em outubro em relação ao que foi registrado no final do mês anterior, ao passar de 105,0 para 106,0 pontos, informou a FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Eventos europeus
Os desdobramentos da crise da dívida na Europa também chamaram a atenção dos investidores, com destaque para o encontro entre o primeiro-ministro italiano Mario Monti e o presidente espanhol Mariano Rajoy, em Madri. Nessa sessão, os rendimentos dos títulos italianos continuaram pressionados por conta de riscos políticos, já que o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi afirmou a possibilidade de retirar o seu apoio ao atual premier Mario Monti. 
Ainda por lá, o FMI (Fundo Monetário Internacional) e a União Europeia rejeitaram as reformas em pacote de austeridade da Grécia. Os credores internacionais recusaram-se a fazer qualquer nova concessão sobre as medidas trabalhistas contestadas por um membro menor do governo de coalizão.
Agenda da próxima sessão
Na agenda doméstica da próxima terça-feira (30), o destaque será a divulgação pelo Banco Central da Nota de Política Fiscal de setembro, que contém os resultados fiscais não-financeiros do setor público, ligados às dívidas e ao superávit primário. Além disso, termos o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) de outubro.
Já nos Estados Unidos, a agência de classificação de risco S&P (Standard & Poor's) publica o S&P/Case-Shiller Home Price de agosto. O indicador denota a trajetória dos preços das casas nos EUA por meio de uma média móvel trimestral. Além disso, será divulgado o Consumer Confidence referente ao mês de setembro.

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