terça-feira, 30 de outubro de 2012

Lucro da TIM fica estável no 3o tri e aquém do previsto


SÃO PAULO, 30 Out (Reuters) - A TIM Participações teve lucro praticamente estável no terceiro trimestre frente ao mesmo período do ano passado, com itens não recorrentes fazendo com que a empresa apresentasse resultado abaixo do previsto pelo mercado.

A segunda maior operadora de telefonia móvel do país teve lucro líquido de 318 milhões de reais de julho a setembro, contra 316,6 milhões de reais um ano antes e expectativa média de 352 milhões de reais de analistas, segundo pesquisa Reuters.
A empresa lançou no trimestre uma provisão de 26,1 milhões de reais relacionada a procedimentos administrativos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) entre 2007 e 2009. Segundo a TIM, a probabilidade de perda mudou de "possível para provável".
Outro evento não recorrente --no valor de 16,1 milhões de reais-- é referente a créditos publicitários no Jornal do Brasil e Gazeta Mercantil, publicações que faliram.
No front operacional, os números da TIM vieram dentro do esperado por analistas.
A receita líquida total foi de 4,7 bilhões de reais no terceiro trimestre, alta de 8 por cento na comparação anual e em linha com a média de seis estimativas obtidas pela Reuters, que apontava para 4,66 bilhões de reais.
A TIM foi afetada no período pela suspensão de vendas de serviços por 11 dias, no fim de julho, por alegações de má qualidade. Segundo o presidente da TIM, Andrea Mangoni, a suspensão teve "pesado impacto na nossa imagem e em menor escala, na parte financeira".
"É natural que depois de um período de forte crescimento alguns ajustes finos e correções sejam necessários", afirmou ele em mensagem no demonstrativo do resultado da companhia.
"Tomamos os eventos recentes como uma oportunidade para repensarmos nossa estratégia quanto à rede e à qualidade, fazendo mudanças relevantes, começando por algumas mudanças na administração, até revisão de processos", acrescentou.
A TIM terminou setembro com 69,4 milhões de linhas, alta de 17,2 por cento em 12 meses e crescimento acima da média do mercado. A empresa tinha no fim do terceiro trimestre market share de 26,8 por cento.
A proibição temporária das vendas fez com que as adições líquidas na comparação com junho ficasse em 535 mil linhas, contra 3,7 milhões no terceiro sobre o segundo trimestre de 2011.
As desconexões no trimestre chegaram a 8,2 milhões de linhas, com taxa de desligamento de 11,9 por cento --melhor que os 12,1 por cento do segundo trimestre e estável na comparação anual.
A receita média por usuário (Arpu) foi de 18,9 reais no terceiro trimestre, queda de 11 por cento contra um ano atrás e alta de 3,5 por cento sobre abril a junho de 2012.
O faturamento bruto no segmento de telefonia fixa, que inclui Intelig, TIM Fixo e TIM Fiber, foi de 339 milhões de reais no terceiro trimestre, queda anual de quase 10 por cento.
"Os principais fatores para esse resultado foram o fraco desempenho operacional principalmente impactado pela migração do código de longa distância. A empresa mudou a diretoria da Intelig durante o terceiro trimestre, com o objetivo de retomar o ritmo de crescimento da Intelig e melhorar a operação", disse a TIM.
A geração de caixa consolidada medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) foi de 1,202 bilhão de reais de julho a setembro, alta de 3,8 por cento sobre o terceiro trimestre do ano passado. Analistas previam Ebitda de 1,228 bilhão de reais.
A margem Ebitda caiu 1 ponto percentual, para 25,5 por cento.
(Por Cesar Bianconi)

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