quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Banco Central do Brasil:Setor Externo; NOTA PARA A IMPRENSA - 22.11.2012


I - Balanço de pagamentos - Outubro de 2012
O balanço de pagamentos apresentou superávit de US$468 milhões em outubro. O déficit em transações correntes somou US$5,4 bilhões no mês e US$39,6 bilhões no ano, até outubro, patamar ligeiramente inferior ao registrado no mesmo período de 2011, US$39,8 bilhões. Nos doze meses encerrados em outubro, as transações correntes acumularam déficit de US$52,2 bilhões, equivalente a 2,3% do PIB. A conta financeira registrou superávit de US$5,8 bilhões no mês, com destaque para o ingresso líquido de US$7,7 bilhões em investimentos estrangeiros diretos (IED).



A conta de serviços apresentou déficit de US$4 bilhões no mês, ante US$3,4 bilhões em outubro de 2011. As despesas líquidas com aluguel de equipamentos atingiram US$1,8 bilhão, elevação de 14,3% em comparação a igual mês do ano anterior. O gasto líquido com viagens internacionais somou US$1,5 bilhão, apresentando crescimento de 20,6% nos gastos de turistas brasileiros no exterior, e de 7% nos gastos de estrangeiros no país, ante os observados em outubro de 2011. As despesas líquidas com transportes totalizaram US$819 milhões. O gasto líquido com serviços de computação e informações atingiu US$243 milhões, 14,9% inferior ao resultado de outubro de 2011. As despesas líquidas de royalties e licenças somaram US$223 milhões, recuo de 6,5%, na mesma base de comparação.

As remessas líquidas de renda para o exterior somaram US$3,4 bilhões em outubro, 43,9% superior ao resultado de mês equivalente de 2011. As remessas líquidas de lucros e dividendos atingiram US$2,4 bilhões no mês, ante US$1,6 bilhão em outubro do ano anterior, expansão de 51,1%. Em 2012, no acumulado de dez meses, as remessas brutas de lucros e dividendos totalizaram US$22 bilhões, decréscimo de 27,5% em relação ao período comparativo de 2011. As despesas líquidas de juros alcançaram US$1,1 bilhão no mês, comparadas a US$839 milhões em outubro de 2011.


No mês, as transferências unilaterais somaram ingressos líquidos de US$317 milhões, dos quais US$100 milhões referentes à conta de manutenção de residentes. No ano, até outubro, o ingresso bruto referente à manutenção de residentes atingiu US$1,7 bilhão, situando-se 5,4% abaixo do resultado de 2011, em período equivalente.

Os investimentos brasileiros diretos no exterior registraram aplicações líquidas de US$34 milhões no mês. A participação no capital de empresas no exterior somou aplicações líquidas de US$834 milhões, enquanto as amortizações líquidas de empréstimos intercompanhia atingiram US$799 milhões.

O ingresso líquido de IED atingiu US$7,7 bilhões em outubro, composto por US$6,9 bilhões na modalidade participação no capital e US$843 milhões em desembolsos líquidos de empréstimos intercompanhias. Em doze meses, até outubro, os ingressos líquidos de IED somaram US$66 bilhões, equivalentes 2,9% do PIB.

Os investimentos estrangeiros em carteira apresentaram ingressos líquidos de US$491 milhões em outubro. As saídas líquidas referentes a ações alcançaram US$236 milhões. No mercado doméstico, os títulos de renda fixa proporcionaram ingressos líquidos de US$868 milhões, acumulando US$5 bilhões no ano, até outubro. As amortizações líquidas referentes a bônus da República atingiram US$34 milhões. As amortizações líquidas em notes e commercial papers, títulos de renda fixa emitidos pelo setor privado e colocados no exterior, somaram US$107 milhões no mêsNão houve operações em títulos de renda fixa de curto prazo negociados no exterior.

Os outros investimentos brasileiros no exterior registraram aplicações líquidas de US$2,5 bilhões em outubro. As concessões líquidas de empréstimos e créditos comerciais de curto prazo ao exterior somaram US$3,8 bilhões no mês, acumulando US$12,9 bilhões no ano. Registrou-se retorno de depósitos de bancos brasileiros, US$2,7 bilhões, e expansão de depósitos de empresas não financeiras, US$1,6 bilhão.

Os outros investimentos estrangeiros no País registraram ingressos líquidos de US$349 milhões em outubro. Os créditos comerciais de curto prazo apresentaram ingressos líquidos de US$611 milhões. Os empréstimos de longo prazo totalizaram desembolsos líquidos de US$147 milhões, com destaque para os ingressos líquidos de empréstimos diretos, US$700 milhões. Os empréstimos de compradores apresentaram amortizações líquidas de US$672 milhões. No mês, os empréstimos de curto prazo registraram amortizações líquidas de US$17 milhões.


II - Reservas internacionais
As reservas internacionais atingiram US$377,8 bilhões em outubro, redução de US$973 milhões em relação ao estoque do mês anterior. Em outubro, a receita de remuneração das reservas somou US$339 milhões. As variações por paridades e por preços reduziram o estoque em US$565 milhões e em US$875 milhões, respectivamente.


III - Dívida externa
A posição estimada da dívida externa total referente a outubro totalizou US$308,5 bilhões, decréscimo de US$160 milhões em relação ao montante estimado para setembro. A dívida externa de longo prazo atingiu US$271,9 bilhões, contração de US$144 milhões, enquanto o estoque de curto prazo manteve-se em patamar semelhante, somando US$36,6 bilhões.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Educação Financeira com disciplina e inteligência.

Confira os 05 Estudos/Artigos/Notícias + acessados na semana