A MMX, mineradora do grupo EBX, do empresário Eike Batista, espera obter até meados de 2013 aprovação para financiamento de R$ 3,2 bilhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para as obras de seu principal projeto de mineração, disse o presidente da empresa nesta quinta-feira (1º).
"Acho que estamos a seis ou oito meses do fechamento", disse Guilherme Escalhão, sobre o projeto Serra Azul, num evento com analistas de mercado em São Paulo.
Os investimentos (Capex) no projeto de Minas Gerais deverão ficar em torno de R$ 4,8 bilhões. Segundo ele, três quartos do montante será obtido via financiamento e o restante será do investimento será atendido por "equity" (capital próprio). Questionado sobre o assunto, Escalhão descartou emissão de ações.
O pedido de empréstimo da MMX junto ao BNDES de R$ 3,2 bilhões e está na fase de enquadramento, disse Escalhão.
"O BNDES hoje é uma fonte de recursos muito boa no Brasil. As condições da TJLP estão muito favoráveis. Desde o início contamos com eles."
Em setembro o Conselho Monetário Nacional (CMN) manteve a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) em 5,5% ao ano para o quarto trimestre de 2012, reafirmando redução realizada em junho.
Outro empréstimo está prestes a ser aprovado pelo banco de fomento para a MMX, para a construção do Porto do Sudeste, no Rio de Janeiro. O BNDES deve liberar em breve cerca de R$ 900 milhões para as obras do porto.
A MMX também pretende arrecadar cerca de R$ 600 milhões através de ECAs (agências de crédito de exportação) de países fornecedores de equipamentos trazidos para o Brasil.
Outros R$ 140 milhões, para compra de equipamentos nacionais, foram obtidos através de uma linha especial do BNDES (Finame PSI).
Suprimentos
Segundo o presidente da MMX, 30% dos bens necessários para o desenvolvimento da minas já estão contratados, embora nem todos desembolsos tenham ocorrido.
"Neste primeiro terço do projeto a gente conseguiu contratar serviços e equipamentos dentro do planejado. Não estamos planejando nenhuma revisão de Capex."
Equipamentos foram todos comprados e alguns serviços, como terraplenagem, estão incluídos nesta primeira fase, disse Escalhão.
"Agora estamos na fase de contratação de dois pacotes importantes, que são a construção civil e as estruturas metálicas", disse o executivo, dizendo que com esses itens o projeto atingirá 50 por cento de comprometimento.
Ao fim do projeto de expansão, a empresa pretende atingir produção de 29 milhões de toneladas de minério de ferro anualmente em Serra Azul, com produção comercial iniciando em 2014.
A MMX listada na Bovespa, controlada pelo grupo EBX, também tem como sócios a chinesa Wisco (16%) e a coreana SK Networks (14%).
Os resultados da MMX no terceiro trimestre devem ser divulgados no dia 7 de novembro, após o fechamento do mercado. Na conversa com os analistas, o presidente não quis dar informações sobre resultados.
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