quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Setor privado da Alemanha encolhe pelo 7o mês seguido--PMI


BERLIM, 22 Nov (Reuters) - A atividade empresarial alemã encolheu pelo sétimo mês seguido em novembro, com o setor de serviços contraindo no ritmo mais rápido em três anos e meio, ao passo que a crise da zona do euro pesa sobre a maior economia da Europa.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) composto do instituto Markit, que mede tanto a atividade no setor de serviços como no industrial, avançou para 47,9 em novembro ante 47,7 no mês anterior, mas continuou abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração, mostrou nesta quinta-feira a leitura preliminar do índice.
"O quadro que surge da pesquisa de novembro é que a economia alemã encerrará o ano com uma lamúria em vez de um estrondo, uma vez que os problemas na zona do euro continuam pesando sobre os negócios domésticos e sobre a confiança do consumidor", afirmou o economista sênior do Markit Tim Moore.
Até este ano, a Alemanha conseguiu manter os problemas da zona do euro a uma certa distância, crescendo recordes 4,2 por cento em 2010 e 3 por cento no ano passado, mesmo com Estados-membros do bloco monetário em recessão e alguns sob programas de resgate.
O crescimento econômico alemão desacelerou para 0,2 por cento no terceiro trimestre ante 0,3 por cento no segundo, mostraram dados preliminares na semana passada, e o economista-chefe do Markit, Chris Williamson, disse que as leituras do PMI de outubro e novembro apontam para uma contração de aproximadamente 0,3 por cento no quarto trimestre.
A atividade empresarial no setor de serviços caiu no ritmo mais rápido desde o ápice da crise financeira global em junho de 2009, recuando para 48,0 em novembro ante 48,4 no mês anterior. A expectativa era de que o índice ficasse estável, de acordo com o consenso das projeções colhidas na pesquisa da Reuters.
No entanto, houve um lampejo de esperança nas pesquisas do PMI, com o índice do setor industrial avançando para 46,8 em novembro ante 46,0 no mês anterior. O resultado veio ligeiramente acima do consenso das estimativas da pesquisa da Reuters de estabilidade em 46,0, mas continuou abaixo da marca de 50.
Novas encomendas, pedidos de exportações e produção recuaram num ritmo mais lento do que em outubro, apesar de os estoques de compras terem caído à taxa mais acentuada em três anos.
"As empresas estão cortando custos onde podem porque estão preocupadas com o cenário, portanto há alguns sinais de nível mínimo, mas nós ainda não chegamos lá", disse Williamson em entrevista por telefone.
(Reportagem de Michelle Martin)

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