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SELIC |
"A manutenção do comunicado pela quarta vez consecutiva reforça apostas na manutenção do ritmo atual de elevação da Selic na reunião do Copom de novembro e reforça, também, a probabilidade de que o comitê continue subindo os juros pelo menos ao longo do primeiro trimestre de 2014", afirmou o economista-chefe da INVX Global Partners, Eduardo Velho.
INFLAÇÃO ELEVADA
A manutenção do aperto monetário, iniciado em abril e que já elevou a taxa básica de juros em 2,25 pontos percentuais, ocorre num ambiente de inflação ainda pressionada e atividade econômica fraca. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou setembro com alta de 5,86 por cento em 12 meses, no menor patamar desde dezembro passado, mas ainda longe do centro da meta de inflação do governo, de 4,5 por cento, com margem de tolerância de dois pontos percentuais para mais ou menos.
O próprio BC, em seu último Relatório Trimestral de Inflação, previu que a inflação não deve ceder tão cedo, ficando em 5,8 por cento neste ano e 5,7 por cento em 2014. Na ocasião, o diretor de Política Econômica, Carlos Hamilton Araújo, afirmou que ainda havia "bastante trabalho" para combater a inflação.
O presidente do BC, Alexandre Tombini, vem reiterando que o objetivo é trazer a inflação para a meta de 4,5 por cento, mas sem colocar prazos.
A elevação dos juros para combater a inflação tem impacto negativo no crescimento econômico, justamente em um momento em que a economia brasileira ainda patina. Tanto o governo quanto o mercado em geral veem que o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve crescer apenas 2,5 por cento neste ano.
(Reportagem de Luciana Otoni, em Brasília, Bruno Federowski e Silvio Cascione, em São Paulo; Texto de Patrícia Duarte; Edição de Raquel Stenzel )
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