terça-feira, 8 de outubro de 2013

BM&FBOVESPA: Projeções do FMI e Petrobras colaboram para queda do Ibovespa

PETROBRÁS
 
 São Paulo, 8 de outubro de 2013 - Além da falta de decisão sobre o aumento do teto da dívida e o orçamento do ano fiscal de 2014 nos Estados Unidos, a projeção feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) de que o Brasil crescerá 2,5% no próximo ano ao invés dos 3,2% estimados anteriormente e a declaração da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, de que não há prazo para o aumento no preço dos combustíveis colaboram para que o Ibovespa, principal índice da BM&FBovespa, caminhe novamente para um fechamento em queda.



   Nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama disse há pouco que a situação de calote seria mais dramática que o fechamento do governo e que
não elevar o teto da dívida poderia elevar o custo de vida da população.
"As incertezas estão fazendo com que as empresas repensem seus investimentos.
Os Republicanos precisam entender que o Tesouro não terá mais dinheiro".

   Mais cedo, Harry Reid, líder do partido Democrata no Senado, afirmou que
convocará "em breve" todos os senadores para discutir o impasse político do
Congresso, que mantém o governo federal parcialmente paralisado e gera receios
no mercado quanto à possibilidade de não haver acordo para elevar o teto da
dívida do país e evitar um calote.

   Dados do FMI ainda apontaram que a projeção de crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2014 passou de 3,2% para 2,5%, recuo de 0,7
ponto percentual. O Fundo citou ainda que o principal gargalo do País é no
setor de infraestrutura. "A sinalização de que o Brasil crescerá menos que
seus pares emergentes não foi bem recebida pelos investidores e toda a
situação nos Estados Unidos somada às questões internas estão levando o
Ibovespa a uma nova queda e liquidez bastante limitada", diz Álvaro Bandeira,
economista-chefe da Órama Investimentos.

   Além disso, declaração de Graça Foster de que não há data precisa para
o aumento no preço dos combustíveis acontecer também não agradou os
investidores. Em comunicado, a companhia negou que estuda alteração na sua
política de reajuste de combustíveis. "A companhia, com frequência reitera
que não há data para alterações de preços e que sua política de convergir
preços internos aos internacionais permanece inalterada".

   Há pouco, o Ibovespa recuava 0,49%, aos 52.156 pontos e, no mercado futuro,
os contratos do índice com vencimento neste mês caíam 0,17%, aos 51.800
pontos. O volume financeiro na bolsa brasileira era de R$ 3,9 bilhões. Dentre
as ações mais líquidas, estavam no campo negativo as PN da Petrobras (PETR4;
-1,93%, a R$ 18,26), as da Vale (VALE5; -0,57%, a R$ 31,21), as do Itaú
Unibanco (ITUB4; -0,72%, a R$ 31,39) e as ON da estatal petrolífera (PETR3;
-2,08%, a R$ 16,94).

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