quarta-feira, 9 de outubro de 2013

FMI corta estimativa de crescimento do Brasil em 2014 a 2,5%.


FMI 2014
WASHINGTON, 8 Out (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a previsão de crescimento do Brasil para 2014, no que seria o segundo pior desempenho entre os países da América do Sul analisados, e indicou acreditar que a economia do país não vai acelerar até lá.
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deverá ter expansão de 2,5 por cento neste ano, mesma projeção do que antes, mas o FMI reduziu a estimativa para o próximo ano também para 2,5 por cento, ante os 3,2 por cento previstos em julho.
Se confirmada, a economia do Brasil somente vai crescer mais do que a da Venezuela, com expansão de 1,7 por cento no próximo ano, e ficará muito atrás dos 5 por cento previstos para a Bolívia.
O Brasil, que cresceu apenas 0,9 por cento no ano passado, enfrenta inflação persistentemente alta mesmo num momento em que a economia tem dificuldades para decolar.
"A inflação mais alta reduziu a renda real e pode pesar sobre o consumo, enquanto restrições de oferta e incerteza política podem continuar a conter a atividade", informou o FMI.
Para a América do Sul, o FMI calcula que a economia crescerá 3,2 por cento neste ano e vai praticamente repetir o desempenho em 2014, com expansão de 3,1 por cento.
O FMI também calculou que a inflação no Brasil vai fechar este ano a 6,3 por cento e, em 2014, a 5,8 por cento. Economistas de instituições financeiras, segundo pesquisa Focus do Banco Central, preveem que o IPCA ficará em 5,82 por cento neste ano e em 5,95 por cento em 2014.
A meta de inflação do governo é de 4,5 por cento, com tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou menos.
O FMI também projetou que a taxa de desemprego no Brasil ficará em 5,8 por cento neste ano e em 6 por cento no próximo ano.
MÉXICO
O FMI também informou que o México deve crescer 1,2 por cento neste ano, ante projeção anterior de 2,9 por cento em julho, devido à queda nos gastos públicos, recuo na construção e demanda fraca nos EUA por exportações locais.
"Espera-se que o crescimento recupere-se gradualmente e volte a 3 por cento em 2014, à medida que a manufatura ganhe fôlego devido à recuperação da demanda dos EUA, os gastos públicos ganhem força e as reformas estruturais em vigor comecem a dar frutos", disse o FMI em seu relatório Perspectiva Econômica Mundial.


(Reportagem de Michael O'Boyle)

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