terça-feira, 25 de março de 2014

RATING: Rebaixamento pode favorecer siderurgia c/ aumento de pressão cambial

   São Paulo, 25 de março de 2014 - O rebaixamento do rating soberano do
Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poors (S&P)

poderá favorecer as siderúrgicas nacionais, caso gere uma maior pressão
cambial, segundo Carlos Loureiro, presidente do Instituto Nacional dos
Distribuidores de Aço (Inda). "Após um rebaixamento de rating, o movimento
natural seria uma queda do real ante o dólar. Se isso acontecer de fato, seria
positivo para as usinas, abrindo espaço para novo reajuste de preços
domésticos no médio prazo em paridade com o material importado", afirma
Loureiro.

   Há pouco, o dólar comercial recuava 0,86%, a R$ 2,3020 para venda. "O
dólar deveria estar subindo e não caindo. Com rebaixamento de rating e os
problemas com possível racionamento de energia, o dólar deveria estar a R$
2,70, R$ 2,80, mas está na casa dos R$ 2,30, sem uma razão clara para essa
queda", destaca.

   O presidente do Inda também ressalta que a maior concentração de custos
do setor siderúrgico nacional está vinculado ao real e não ao dólar, mas que
no ambiente dos negócios, se o rebaixamento da nota do Brasil se traduzir em
redução de consumo de aço, esse efeito colateral pode minimizar os ganhos de
rentabilidade com a valorização cambial.

   Loureiro ainda aponta que a atração de investimentos externos para as
empresas brasileiras também pode recuar com o rebaixamento, não excluindo
desse cenário empresas da cadeia do aço.

    Paula Pereira / Agência CMA

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