quinta-feira, 24 de abril de 2014

CÂMBIO E JUROS: Tensão na Ucrânia e indicadores orientam o mercado

   São Paulo, 24 de abril de 2014 - Os mercados de câmbio e de juros operam
com atenção voltada para a Ucrânia, após a divulgação de dados na Europa e
 Estados Unidos com um viés ligeiramente positivo, segundo João Paulo de

Gracia Corrêa, gerente de câmbio da Correparti Corretora. "Pela manhã, os
mercados apresentavam recuperação de emergentes ante o dólar, com dados
positivos na Europa, mas a moeda chegou a inverter com a ameaça da Rússia
fazer exercícios militares na fronteira da Ucrânia, o que até agora não
aconteceu, trazendo um pouco de alívio novamente. Os dados dos Estados Unidos
vieram mistos, com influência menor nos mercados", explica Corrêa.

   A Alemanha divulgou hoje o índice de confiança do empresário da
indústria e do comércio, que subiu em abril para 111,2 pontos, ante os 110,7
pontos apresentados em março, segundo informações do instituto de pesquisas
alemão CESifo Group.
   
   Nos Estados Unidos, os pedidos de bens duráveis nos Estados Unidos subiram
2,6% em março ante fevereiro, para US$ 234,8 bilhões, acima da expectativa de
alta de 2%. O número de novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos,
porém, subiu em 24 mil na semana encerrada em 19 de abril, para 329 mil.
Analistas esperavam alta para 312 mil novas solicitações.

   A Rússia ordenou novos exercícios militares na fronteira com a Ucrânia,
em reposta às operações de Kiev contra separatistas pró-Moscou no leste do
país. As informações são da agência de notícias britânica "BBC".
   
   Segundo o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, o país foi "forçado a
reagir" depois de tropas especiais ucranianas terem realizado uma operação na
cidade de Sloviansk, no leste do país, deixando pelo menos cinco militantes
separatistas mortos no confronto. Mais cedo, o presidente Vladimir Putin alertou
que haveria "consequências" caso Kiev usasse o exército contra a própria
população.

   Após atingir a máxima de R$ 2,2300 no dia, o dólar comercial caía 0,17%,
a R$ 2,220, e o contrato futuro, com vencimento em maio, recuava 0,11%, a R$
2.224,500.

   Os contratos de taxas de depósitos interfinanceiros (DIs), operavam em alta
na BM&FBovespa, com a taxa do DI para janeiro de 2017 subindo de 12,20% para
12,21% (R$ 10,347 bilhões) e a do DI para janeiro de 2015 subindo de 10,98%
para 10,99%.  O movimentando de leve alta acompanhava a subida das taxas de 10
anos do tesouro norte-americano hoje. "Quando existe um risco de conflito o
mercado busca mais títulos do governo dos Estados Unidos e isso está
colaborando com a alta lá fora e aqui", aponta Corrêa.

    Paula Pereira / Agência CMA


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