segunda-feira, 26 de outubro de 2015

JUROS: Projeção para juro básico sobe a 13% em 2016 após BC desistir de inflação na meta em 2016

A projeção para a taxa básica de juros no final de 2016 subiu a 13 por cento após o Banco Central ter desistido de levar a inflação para o centro da meta em 2016, adiando o objetivo para 2017, enquanto o cenário para a alta dos preços continuou se deteriorando.

Segundo a pesquisa Focus do Banco Central publicada nesta segunda-feira, que ouve semanalmente uma centena de economistas de instituições financeiras, a projeção para a Selic no final de 2016 subiu pela terceira vez seguida, contra 12,75 por cento na semana anterior.
Para este ano, a expectativa permaneceu em 14,25 por cento, patamar mantido pelo BC na semana passada em reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), quando em comunicado informou que vai se manter vigilante, o que foi visto por economistas como uma indicação de que os juros poderão subir, caso o cenário se deteriore.
Ao mesmo tempo o BC tirou a menção à "convergência da inflação para a meta no final de 2016", para agora dizer "convergência da inflação para a meta no horizonte relevante da política monetária"; ou seja, em 2017.
Sobre a inflação, a pesquisa semanal mostra agora que a expectativa dos analistas é de alta de 6,22 por cento do IPCA no fim de 2016, contra 6,12 por cento no levantamento anterior, cada vez mais longe do centro da meta do governo para o ano que vem de 4,5 por cento, com tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Para os preços administrados, a estimativa é de alta de 6,60 por cento no final de 2016, aumento de 0,25 ponto percentual em relação à pesquisa anterior.
Para 2015, a pesquisa mostrou piora de 0,10 ponto percentual na projeção para a alta do IPCA, a 9,85 por cento e, para os administrados, o avanço chegando a 16,11 por cento, sobre 16 por cento anteriormente.
O Focus também mostrou que a expectativa é de o dólar ir a 4,20 reais no fim do ano que vem, contra 4,13 reais antes. Mas para 2015 a conta permaneceu em 4 reais.

Em meio ao cenário de indefinições fiscais, turbulências políticas e forte crise econômica no país afetando a confiança dos agentes econômicos, a projeção para a retração do Produto Interno Bruto (PIB) este ano chegou a 3,02 por cento, sobre queda de 3,0 por cento antes.  
Para 2016, a terceira piora seguida nas contas aponta agora contração de 1,43 por cento, contra recuo de 1,22 por cento na semana anterior. Mais uma vez o cenário para a indústria piorou, com expectativa agora de retração de 1,5 por cento, contra 1,0 por cento antes, ainda para 2016.
Veja abaixo os dados sobre a expectativa do mercado, pela mediana das projeções:
2015 2016
Indicador Anterior Atual Anterior Atual
.IPCA 9,75% 9,85% 6,12% 6,22%
.Dólar (fim do ano) R$4,00 R$4,00 R$4,13 R$4,20
.Selic (fim do ano) 14,25% 14,25% 12,75% 13,00%
.Dívida líquida/PIB 35,65% 35,85% 39,20% 39,20%
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Banco do Brasil e outras instituições vão financiar os participantes do leilão de hidrelétricas existentes, com o qual o governo federal espera arrecadar 17 bilhões de reais por meio da cobrança de bônus de outorga, afirmou nesta segunda-feira o presidente do banco, Alexandre Corrêa Abreu.
Segundo o executivo, o financiamento de lances no certame, previsto para 6 de novembro, é um "bom negócio", com "retorno garantido".
Ele disse que negocia com um "pool" de bancos, para que juntos possam apoiar os grupos vencedores do leilão.
"O formato da nossa participação ainda está sendo definido, mas o que está certo é que será um 'pool' de bancos, um sindicato de bancos. Para outorga, é nossa primeira vez", disse ele a jornalistas em evento no Rio de Janeiro.
Do total previsto a ser arrecadado pelo governo com as outorgas, até 11 bilhões de reais entrariam nos cofres públicos ainda neste ano, o que justificaria um acordo de várias instituições financiadoras, devido ao montante elevado.
"Para mercado corporativo, dificilmente um banco entra sozinho. Você faz um junção de forças. Como o recurso é muito grande, um só fica pesado", explicou ele.
No certame, serão oferecidas as concessões de 29 hidrelétricas, divididas em cinco lotes, cada um composto por entre uma e 18 usinas. Há, ainda uma divisão em sublotes, o que significa que os investidores também poderão apresentar propostas individuais para algumas hidrelétricas ou grupos de usinas.
Entre os empreendimentos que serão ofertados estão usinas cujas concessões pertenciam à Cesp, como Ilha Solteira e Três Irmãos, além de usinas de Cemig, Copel, Celesc e Furnas, da Eletrobras.
Apenas com o leilão das duas concessões da Cesp, o governo federal espera arrecadar ao todo 13,8 bilhões de reais. 

Fonte: Reuters (Por Camila Moreira)

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