São Paulo, 13 de agosto de 2012 - A OGX, empresa produtora de petróleo e
gás do Grupo EBX, deve reportar novamente resultados negativos no segundo
trimestre deste ano. A média de previsões apurada pela Agência Leia aponta
para um prejuízo líquido de R$ 337,5 milhões, três vezes maior que o
registrado no mesmo período do ano passado, que foi de R$ 108,5 milhões.
Apesar disso, o mercado continuará olhando muito além dos números. A grande
expectativa é saber se a empresa apresentará mais guidances de produção e do
seu plano de desenvolvimento das bacias.
O banco Votorantin acredita que o principal gatilho para OGX está
relacionado aos dados de produção do campo Tubarão Azul. No final do
trimestre, dados abaixo da expectativa sobre a vazão dos poços deste campo
(antigo Waimea) provocaram perdas de mais de 40% nos papéis. O Votorantim
também aguarda mais detalhes sobre o plano de desenvolvimento de bacias.
Nataniel Cezimbra, analista do Banco do Brasil Investimentos (BBI), também
afirma que as informações que eventualmente a empresa passar durante a
teleconferência com analistas e investidores serão mais importantes que os
números referentes ao segundo trimestre em si. "A OGX ainda é essencialmente
pré-operacional", afirmou.
O Deutsche Bank é uma das poucas instituições que fazem uma prévia um
pouco mais aprofundada sobre os números do segundo trimestre. Os analistas
Marcus Serqueira e Luiz Fonseca lembram que neste resultado deverão contar as
primeiras receitas da companhia com venda de óleo. "Algumas dessas cargas
deverão ser reportadas como intangíveis, mas não estamos certo de quantas",
disse.
O Deutsche prevê que a companhia apresente o mesmo nível de despesas
administrativas e de exploração que o primeiro trimestre deste ano, mas que
deverá apresentar maior nível de perdas não-contábeis com câmbio. O banco
também espera que a companhia dê mais visibilidade aos seus projetos e
forneça informações sobre Capex e metas de produção.
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