São Paulo, 13 de agosto de 2012 - O Ibovespa, principal indicador da
BM&FBovespa, permaneceu em campo negativo, durante todo o pregão de hoje,
influenciado pela divulgação do Produto Interno Bruto do Japão e pelo fraco
dia de agenda de indicadores. O índice finalizou com ligeiro recuo de 0,27% aos
59.122 pontos. O volume financeiro do mercado foi de R$ 5,221 bilhões. No
mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento na quarta-feira
desvalorizou 0,25% aos 59.105 pontos.
"O final de semana foi fraco de notícias, apenas com a divulgação do PIB
do Japão, que não mexeu muito com o mercado, mas provocou um viés negativo.
Hoje foi um dia morno por causa da agenda fraca", pontuou João Pedro Brugger,
analista de investimentos da Leme Investimentos.
O PIB do Japão avançou 1,4% em base anualizada no segundo trimestre deste
ano e aumentou 0,3% na comparação com o primeiro trimestre. Os dados da
primeira leitura foram divulgados hoje pelo Instituto de Pesquisa Social e
Econômica do gabinete oficial do governo japonês (Cabinet Office). Segundo a
consultoria Capital Economics, o mercado esperava que o Japão crescesse 0,6% no
segundo trimestre em relação ao primeiro.
"O dia está sem notícias. Lá fora há um certo viés negativo desde a
divulgação do PIB do Japão, que veio um pouco abaixo do esperado, mas em
geral o dia está sem mais notícias", afirmou Vladimir Caramaschi,
estrategista-chefe do Crédit Agricole.
Com a cautela dos investidores, as ações mais negociadas na BM&FBovespa
encerraram o dia praticamente estáveis. As preferenciais da Petrobras (PETR4)
tiveram ligeira desvalorização de 0,19% e as da Vale (VALE5) fecharam sem
alteração em relação ao pregão de sexta-feira. Os índices que medem o
desempenho dos setores, com Imob, de construção, e IEE, de energia, também
encerraram o pregão próximos da estabilidade.
Apesar do dia fraco, Brugger destaca que a semana será de agenda cheia, com
indicadores nos Estados Unidos e na Europa amanhã, além do vencimento de
opções sobre Ibovespa e contratos futuros de Ibovespa na quarta-feira.
"Amanhã, teremos venda, no varejo dos Estados Unidos e PIB da zona do Euro e
da Alemanha. O mercado tem dado sinais de força, por isso, acredito que a
tendência é de alta", afirmou.
Amanhã, nos Estados Unidos, o Departamento do Comércio informa, às 9h30,
o índice de vendas do varejo de julho. Em junho, houve queda de 0,5% em
relação a maio. Analistas esperam alta de 0,2% para o mês de julho. Na
Alemanha, o escritório federal de estatísticas (Destatis) divulga, às 3h, a
leitura preliminar do PIB. No primeiro trimestre, o PIB aumentou 0,5% na
comparação com o último trimestre do ano passado. Na Eurozona, a agência de
estatísticas Eurostat divulga, às 6h, a leitura preliminar do PIB no segundo
trimestre. No primeiro trimestre, o PIB ficou estável tanto em base trimestral
quanto em termos anuais, além de divulgar a produção industrial de junho. Em
maio, houve aumento de 0,6% em base mensal e queda de 2,8% em termos anuais.
Mercado internacional
Os índices do mercado de ações dos Estados Unidos encerraram as
negociações dessa segunda-feira em campos opostos. O Dow Jones perdeu 0,29%,
em 13.169,43 pontos; o S&P 500 teve queda de 0,12%, em 1.404,11 pontos; e o
Nasdaq Composto subiu 0,05%, em 3.022,52 pontos.
Petróleo
Os contratos futuros do petróleo internacional encerraram as negociações
de hoje em campos opostos, refletindo as incertezas dos agentes de mercado em
relação às perspectivas para a economia global. Em Nova York, o WTI com
vencimento em setembro teve queda de 0,09%, a US$ 92,78 o barril. Em Londres, o
Brent para o mesmo mês subiu 0,48%, a US$ 113,50 o barril.
Câmbio
O dólar comercial encerrou as negociações de hoje com alta de 0,34%,
cotado a R$ 2,0190 na compra e a R$ 2,0210 na venda. Durante o pregão, a moeda
norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 2,0170 e a máxima de R$ 2,0310.
No mercado futuro, o contrato de dólar com vencimento para setembro valorizou
0,24% a R$ 2.029,500, e o contrato para outubro avançou 0,32% a R$ 2.037,500.
Juros
Os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) encerraram o pregão da
BM&FBovespa em queda influenciado pelo cenário externo pessimista devido aos
dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) japonês e grego, avaliados como
negativos.
Os contratos com vencimento em janeiro de 2014 tiveram o maior giro
financeiro, de R$ 15,922 bilhões, e queda de 7,81% para 7,74%. Na sequência
ficaram os papéis com vencimento em janeiro de 2013, recuando de 7,27% para
7,24% e giro de R$ 12,008 bilhões.
Às 18h01, o número de contratos negociados chegou a 593.371, recuo de 48,5%
em relação aos negócios registrados na sexta-feira. O volume financeiro foi
de R$ 58,476 bilhões.
Agenda para amanhã
O Departamento do Comércio informa, às 9h30, o índice de vendas do varejo
de julho. Em junho, houve queda de 0,5% em relação a maio. Analistas esperam
alta de 0,2% para o mês de julho. O Departamento do Trabalho divulga, às 9h30,
o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) de julho. Em junho,
houve avanço de 0,1% em relação a maio. Analistas esperam alta de 0,2%.
O Departamento do Comércio divulga, às 11h, os estoques de empresas de
junho. Em maio, houve alta de 0,3% em relação a abril. A previsão é de alta
de 0,2%. A Home Depot divulga seus resultados financeiros referentes ao segundo
trimestre de 2012, antes da abertura do mercado.
Na Alemanha, o escritório federal de estatísticas (Destatis) divulga, às
3h, a leitura preliminar do Produto Interno Bruto (PIB). No primeiro trimestre,
o PIB aumentou 0,5% na comparação com o último trimestre do ano passado. O
instituto de pesquisas Zentrum für Europaische Wirtschaftsforschung (Zew)
divulga, às 6h, o sentimento econômico de agosto. Em julho, o índice sobre as
condições atuais estava em 21,1 pontos e o de expectativas de negócios
estava em -19,6 pontos.
Na Eurozona, o instituto de pesquisas Zentrum für Europaische
Wirtschaftsforschung (Zew) divulga, às 6h, o sentimento econômico de agosto. A
agência de estatísticas Eurostat divulga, às 6h, a leitura preliminar do
Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre. No primeiro trimestre, o PIB
ficou estável tanto em base trimestral quanto em termos anuais, além de
divulgar a produção industrial de junho. Em maio, houve aumento de 0,6% em
base mensal e queda de 2,8% em termos anuais.
No Reino Unido, o escritório federal de estatísticas do país, o National
Statistics, divulga às 5h30 o índice de preços ao consumidor de julho. Em
junho, o índice recuou 0,4% em termos mensais e avançou 2,4% na comparação
anual. O Departamento das Comunidades e do Governo Local (DCLG, na sigla em
inglês) divulga, às 5h30, o índice de preço dos imóveis em junho. Em
agosto, a alta foi de 2,3% em termos anuais.
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