quarta-feira, 22 de agosto de 2012

PERSPECTIVA: Ata do FED e expectativa por estímulos movimentam mercado


   São Paulo, 22 de agosto de 2012 - As expectativas do mercado voltam-se hoje
para a divulgação da ata da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto
(Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed, o banco central

norte-americano), que acontece nesta tarde. O Ibovespa futuro operava, há
pouco, com queda de 0,16%, a 59.600 pontos, apontando para uma tendência de
abertura em baixa.

   Luis Gustavo Pereira, estrategista da Futura Corretora, acredita que a
cautela deve imperar no pregão até a divulgação da ata. "Durante o dia, o
mercado vai ficar aguardando a divulgação do documento, talvez começando a
especulação por alguma medida de estímulo", afirma.

   Também podem influenciar o pregão as expectativas em torno do encontro do
primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, com o presidente do Eurogrupo
(que reúne os ministros de Finanças da zona do euro), Jean-Claude Juncker, que
está acontecendo em Atenas para discussão de reformas fiscais e econômicas
no país. Além disso, na quinta-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o
presidente francês, François Hollande, devem se reunir para tratar dos
problemas gregos, encontrando com Samaras respectivamente na sexta-feira e no
sábado.

   Na Alemanha, o governo vendeu 4,08 bilhões de euros em títulos com
vencimento em dois anos e juro nominal zero - ou seja, sem remuneração aos
investidores -, de acordo com informações divulgadas pelo Bundesbank, o banco
central do país.

   Na Ásia, o dado relevante foi a balança comercial do Japão, que registrou
um déficit de 517,382 bilhões de ienes (US$ 6,513 bilhões) em julho. Segundo
analistas da Capital Economics, o saldo negativo foi praticamente duas vezes
maior que o esperado e serve como um lembrete da fragilidade na recuperação da
economia mundial, principalmente por causa da contínua fraqueza nas
exportações do país, que encolheram durante o período.
   
   No Brasil, o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15),
referente ao mês de agosto, acelerou para 0,39% ante variação de 0,33% em
julho. O número, divulgado há pouco pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), veio um pouco acima da expectativa do mercado, que esperava
variação de 0,37%, segundo a mediana das projeções do Termômetro Leia,
pesquisa feita com instituições de mercado com as estimativas para os
principais indicadores econômicos do País.  

   No cenário corporativo brasileiro, podem mexer com as ações da Petrobras
a notícia da descoberta de petróleo de boa qualidade no poço Franco SW, na
cessão onerosa do pré-sal na Bacia de Santos. Este é o quarto poço perfurado
na área, que contempla óleo de boa qualidade. Por outro lado, também podem
influenciar os negócios as declarações da presidente da Petrobras, Maria das
Graças Foster,  que descartou ontem novo reajuste nos preços dos
combustíveis. "Não há nenhuma negociação no momento", afirmou.


    Mercados Internacionais
   
   Os índices futuros das bolsas norte-americanas operam em baixa nesta
manhã. O S&P 500, com vencimento em setembro, caía 0,25%, aos 1.408,90 pontos,
o Nasdaq 100, com vencimento também para setembro, operava em queda de 0,28%,
aos 2.766,00 pontos, e o Dow Jones, com vencimento para o mesmo mês tinha
perdas de 0,23%, aos 13.168,00.
   
   Na Europa, as principais bolsas operam no campo negativo. O CAC-40, de
Paris, caía 0,72%, aos 3.488,01 pontos, e o DAX, de Frankfurt, apresentava
perdas de 0,83%, aos 7.030,25 pontos. O FTSE 100, principal índice da bolsa de
Londres, recuava 1,11%, aos 5.792,25 pontos.
   
   No Japão, o índice Nikkei-225, da Bolsa de Tóquio, fechou em baixa de
0,27%, a 9.131,74 pontos. Na Coreia do Sul, o índice Kospi, da bolsa de Seul,
também caiu 0,41%, a 1.935,19 pontos. Na China, o Hang Seng teve queda de
1,06%, a 19.887,78 pontos. O índice Xangai Composto recuou 0,50% para 2.107,71
pontos.

   
    Petróleo
   
   Entre os contratos de petróleo, o WTI, com vencimento para outubro,
negociado em Nova York, operava em alta de 0,45%, a R$ 96,70, o barril. Em
Londres, o Brent para outubro, recuava 0,53%, a US$ 114,03.
   
   
    Câmbio
   
   O dólar comercial operava em alta de 0,09%, a R$ 2,0200. O contrato futuro,
 com vencimento em setembro, subia 0,09%, a R$ 2.023,000.
   
   
     Juros
   
   Os contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI) abriram o pregão na
BM&FBovespa em alta. O contrato mais líquido era o com vencimento em janeiro de
 2014, que subia de 7,90% para 7,92%, movimentando R$ 4,755 bilhões.

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