São Paulo, 16 de agosto de 2012 - A melhora das vendas no varejo e a
repercussão do Programa de Concessões de Rodovias e Ferrovias devem ajudar na
alta da bolsa brasileira. Para o economista-chefe da Gradual, André Perfeito,
"o Ibovespa deve recuperar as perdas de ontem com a indicação de melhora no
consumo interno e a continuidade de incentivos do governo".
O Ibovespa sinaliza uma abertura em alta, mais forte que as bolsas
internacionais. Há pouco, o contrato futuro do Ibovespa, com vencimento em
outubro, subia 1,65%, aos 59.580 pontos. Além dos fatores do mercado interno,
Perfeito destaca que a sinalização do governo chinês de melhora da situação
na economia do país contribuem para alta.
As vendas do comércio varejista cresceram 9,5% em junho ante mesmo mês de
2011. Na comparação com maio, o índice acelerou 1,5%. No ano, o volume de
vendas acumula alta de 9,1% e de 7,5% em doze meses. Os dados são da Pesquisa
Mensal do Comércio (PMC), divulgada há pouco pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). A PMC mede o comportamento do comércio
varejista no País. O resultado veio acima da estimativa do mercado que previa
uma alta de 6,35% nas vendas, segundo a mediana das projeções do Termômetro
Leia, pesquisa feita com instituições financeiras com as previsões para os
principais indicadores do País.
O governo anunciou, ontem, a concessão de 7,5 mil quilômetros de rodovias
em todo o Brasil, um investimento estimado de R$ 42 bilhões. O investimento
total será de R$ 133 bilhões, sendo que R$ 79,5 bilhões nos próximos cinco
anos e R$ 53,5 bilhões de cinco a 25 anos.
Hoje, o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, afirmou que os fundamentos
econômicos do país continuam sadios, mas avisou que o crescimento chinês pode
enfrentar obstáculos por mais algum tempo, de acordo com informações da
agência de notícias Xinhua. Apesar disso, Jiabao afirmou ontem que a China
será capaz de cumprir as metas econômicas e de desenvolvimento social deste
ano. Segundo a autoridade, a economia chinesa registrou mudanças positivas nos
últimos meses, com aumento dos investimentos e do consumo em julho.
No Estados Unidos, os dados de emprego e do mercado imobiliário divulgados
hoje vieram abaixo do esperado pelo mercado. O número de novos pedidos de
seguro-desemprego nos Estados Unidos subiu em 2 mil na semana encerrada no dia
11 de agosto, para 366 mil, após ter registrado 364 mil na semana anterior, de
acordo com número revisado. Os dados foram divulgados há pouco pelo
Departamento do Trabalho, já ajustados pelos fatores sazonais. Analistas
esperavam que o número de novos pedidos fosse de 368 mil, ante os 361 mil
inicialmente reportados para a semana anterior.
As construções de imóveis residenciais nos Estados Unidos caíram 1,1% em
julho na comparação mensal, para 746 mil residências, de 754 mil unidades em
junho, de acordo com dados anualizados e revisados divulgados hoje pelo
Departamento de Comércio do país. Na comparação com julho de 2011, quando as
construções somaram 614 mil unidades pela taxa anualizada, houve alta de
21,5%. Analistas esperam alta para 763 mil novos imóveis.
Na Europa, Vieira afirma que não há grandes destaques na agenda e "o
mercado segue sem tendência definida no continente". Entre os indicadores
divulgados hoje no país, o índice de preços ao consumidor dos 17 países que
compõem a zona do euro registrou inflação anual de 2,4% em julho, mesmo
avanço registrado no mês anterior e na leitura preliminar. Entre junho e
julho, o índice apresentou queda de 0,5%. Os dados foram divulgados há pouco
pela agência de estatísticas Eurostat.
No Brasil, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou dois índices de
inflação. O Indice Geral de Preços - 10 (IGP-10) teve alta de 1,59%, em
agosto, ante 0,96% registrado em julho. Em 12 meses, o IGP-10 acumula alta de
7,50% e, no ano, de 5,49%. O resultado mostrou aceleração um pouco acima do
esperado pelo mercado que previa alta de 1,56% do IGP-10 de agosto, segundo a
mediana das projeções do Termômetro Leia, pesquisa feita pela Agência Leia
com instituições financeiras para os principais indicadores econômicos do
País.
O Indice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), referente à segunda
quadrissemana de agosto registrou leve desaceleração para 0,39%, 0,01 ponto
percentual (pp) abaixo da taxa registrada na última divulgação (0,40%).
Mercados Internacionais
Os índices futuros das bolsas norte-americanas operam em alta nesta manhã.
O S&P 500, com vencimento em setembro, subia 0,16%, aos 1.405,80 pontos, o
Nasdaq 100, com vencimento também para setembro, operava em alta de 0,23%, aos
2.745,00 pontos, e o Dow Jones, com vencimento para o mesmo mês avançava
0,07%, aos 13.145,00 pontos.
Na Europa, as principais bolsas operam em campo positivo. O CAC-40, de
Paris, tinha queda de 0,12%, aos 3.445,20 pontos, e o DAX, de Frankfurt,
apresentava leve ganho de 0,02%, aos 6.948,00 pontos. O FTSE 100, principal
índice da bolsa de Londres, queda 0,18%, aos 5.822,82 pontos.
No Japão, o índice Nikkei-225, da Bolsa de Tóquio, fechou com alta de
1,88%, aOS 9.092,76 pontos. Na China, o Hang Seng fechou com recuo de 0,45%, a
OS19.962,95 pontos, enquanto o índice Xangai Composto caiu 0,32%, para 2.112,20
pontos. Na Coreia do Sul, o índice Kospi, da bolsa de Seul, subiu 0,05%, aOS
1.957,91 pontos.
Petróleo
Entre os contratos de petróleo, o WTI, com vencimento para setembro,
negociado em Nova York, operava em alta de 0,04%, a R$ 93,30, o barril. Em
Londres, o Brent para o mesmo mês, subia 0,11%, a US$ 116,38.
Câmbio
O dólar comercial operava em leve queda 0,04%, a R$ 2,022. O contrato
futuro, com vencimento em setembro, recuava 0,12%, a R$ 2.026,500.
Juros
Os contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI) abriram o pregão na
BM&FBovespa em alta. O contrato mais líquido era o com vencimento em janeiro de
2013, a taxa de juros passava de 7,25% para 7,27%.
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