quarta-feira, 24 de outubro de 2012

China mostra recuperação econômica lenta e constante--PMI


Por Nick Edwards
PEQUIM, 24 Out (Reuters) - A economia da China está apresentando uma recuperação lenta e constante depois de seu período mais fraco de crescimento em três anos, sinalizou nesta quarta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI), com os indicadores de novas encomendas e produção no maior nível em meses.

O PMI do HSBC atingiu 49,1 em outubro, uma máxima de três meses, mas ainda abaixo da marca de 50 que separa expansão de contração, destacando a natureza sem brilho da recuperação chinesa.
Na segunda maior economia do mundo onde a produção industrial expandiu a uma taxa anual de 9,2 por cento em setembro, isso indica que embora as fábricas da China estejam crescendo, isso acontece de forma muito mais lenta do que anteriormente.
"Os mercados podem estar decepcionados ao perceber que a recuperação chinesa será gradual e nenhum novo estímulo está próximo", disse o economista sênior e estrategista do Credit Agricole CIB, Dariusz Kowalczyk, em nota a clientes.
O PMI preliminar é o primeiro indicador da atividade econômica real desde que dados oficiais no mês passado mostraram que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) ficou abaixo da meta no terceiro trimestre --o menor nível desde o primeiro trimestre de 2009-- apesar de sinais de fortalecimento em setembro.
A pesquisa PMI captura dados principalmente de indústrias menores e orientadas para a exportação no setor privado da China.
A alta no índice PMI, junto com aumentos em novas encomendas e produção --seus dois maiores subcomponentes-- e a melhora geral nas encomendas de exportação, estoques e preços cobrados, sinalizam que um ano de política econômica voltada ao crescimento e a ajustes na China está ganhando tração.
O sub-índice de novas encomendas atingiu uma máxima de seis meses, com os estoques de compras no maior nível desde junho e os estoques de bens finalizados no patamar mais fraco desde março.
Isso indica que uma alta nas encomendas acontecerá frente a um aumento na produção, confirmado por um rali para uma máxima de três meses no sub-índice de produção do PMI.
E reforça as expectativas entre economistas de que, embora as políticas pró-crescimento permaneçam, elas não serão ampliadas após a transição da liderança no congresso do Partido Comunista no próximo mês.

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