Atualmente, a Moody's avalia o Brasil como "Baa2", com perspectiva positiva, o que significa que a probabilidade maior é que a nota seja elevada no curto prazo.
A agência de classificação de risco Moody's Investors Service irá discutir qualquer mudança potencial nos ratings soberanos de grau de investimento do Brasil antes do final do ano, afirmou nesta quinta-feira o analista sênior de crédito da agência Mauro Leos.
Atualmente, a Moody's avalia o Brasil como "Baa2", com perspectiva positiva, o que significa que a probabilidade maior é que a nota seja elevada no curto prazo. No médio prazo, as discussões estarão focadas em se o Brasil pertence ao grupo de classificação "A", que reúne países como Chile e China, acrescentou Leos.
"Responderemos a questão quando sentarmos em algumas semanas para decidir: queremos que os ratings fiquem onde estão ou deveríamos elevá-los ao próximo nível", afirmou o analista a repórteres em evento da Moody's.
Leos disse ainda que a relação entre receitas e encargos da dívida no Brasil é a maior entre os países com ratings semelhantes. Ele também disse que a maior mudança estrutural do país tem sido o declínio das taxas de juros.
O analista avaliou também que a queda nos custos de empréstimos ao longo dos últimos quatro anos certamente melhorará a percepção de risco dos mercados sobre o Brasil. "Esse novo elemento de taxas de juros baixas vai ajudar a reduzir a conta do serviço da dívida para o governo, e isso é importante", completou.
O Banco Central reduziu a Selic por nove vezes seguidas desde agosto de 2011, para a mínima histórica de 7,5% ao ano, como parte dos esforços do governo da presidente Dilma Rousseff para reativar a economia.
Os principais motivos para uma melhora da nota brasileira incluem responsabilidade fiscal, fortalecimento da economia e resposta política, acrescentou Leos.
Quando questionado se a chance de um "upgrade" é alta agora, o analista afirmou que, "apesar de as coisas darem errado aqui e ali, e de os últimos 12 meses terem sido difíceis para todo mundo, mantivemos nossa classificação e uma perspectiva positiva sobre o Brasil durante todo esse período.
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