MERCADO EUA: Dados da China animam e índices fecham em alta

Indicadores 

   São Paulo, 9 de setembro de 2013 - Os índices acionários do mercado dos Estados Unidos iniciaram a semana com um fechamento em campo positivo, ignorandoos receios sobre a Síria que derrubaram o mercado europeu, refletindo os indicadores econômicos positivos publicados hoje sobre a China. O Dow Jones subiu 0,94%, em 15.063,1 pontos; o S&P 500 avançou 0,99%, em 1.671,71 pontos; e
 o Nasdaq Composto teve aumento de 1,26%, em 3.706,18 pontos.

     
   O governo chinês informou hoje que a balança comercial do país registrou superávit de US$ 28,52 bilhões em agosto, um aumento de 8,4% na comparação anual, e a maior leitura do ano. As exportações subiram 7,2% em agosto, em 
base anual, para US$ 190,61 bilhões, após terem aumentado 5,1% um mês antes, enquanto as importações também apresentaram alta em agosto, de 7%, totalizando US$ 162,09 bilhões. Em julho, elas haviam subido 10,9%. O comércio entre a China e a União Europeia (UE) e os Estados Unidos cresceram 3,2% e 
9,2% em agosto, respectivamente.
         
   Já o índice de preços ao consumidor da China subiu 2,6% em agosto na comparação com igual período do ano passado, segundo dados divulgados pelo departamento de estatísticas do país. O avanço foi menor que o observado em julho, quando os preços subiram 2,7%. O governo chinês estabeleceu a meta de 
inflação deste ano em 3,5%.
     
   De acordo com Michael Hewson, analista da CMC Markets UK, o fato de as exportações da China para os Estados Unidos terem crescido em agosto sugere que "a economia norte-americana está provavelmente mais forte do que as pessoas pensam", ao contrário do que mostraram os dados de emprego publicados 
na sexta-feira.

   No campo corporativo, as ações da Apple fecharam em alta, refletindo as expectativas dos investidores sobre o evento que a companhia realiza amanhã, quando deve ser apresentado o novo modelo do iPhone. As ações tiveram alta de 1,6%.

   De acordo com Nick Raich, CEO da The Earnings Scout, após os dados de emprego da semana passada, que ficaram aquém do esperado, as atenções dos investidores ficarão agora voltadas para a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) na próxima semana. 

   Raich disse manter a opinião de que o Fed vai reduzir o volume do programa de US$ 85 bilhões em compras mensais de ativos financeiros ainda em setembro, apesar das mudanças frequentes na opinião dos agentes de mercado sobre essa questão. "Uma redução de US$ 10 bilhões ou menos seria provavelmente 
considerada fraca, enquanto qualquer coisa acima de US$ 20 bilhões será visto como extremamente excessivo", apontou.