terça-feira, 15 de outubro de 2013

Ex-chefe de Graça Foster assume presidência da estatal do pré-sal.


PRÉ-SAL  PETRÓLEO
BRASÍLIA, 14 Out (Reuters) - O engenheiro Oswaldo Pedrosa, ex-chefe da atual presidente da Petrobras, foi anunciado nesta segunda-feira como o presidente da Pré-sal Petróleo (PPSA), empresa estatal criada para representar a União nos consórcios que farão a exploração das áreas do pré-sal sob regime de partilha.

Considerado um executivo experiente pelo setor de petróleo, com 25 anos de trabalho na Petrobras, Oswaldo Pedrosa chegou a ser chefe de Maria das Graças Foster na estatal, antes de ela assumir a presidência da empresa.
Formado em engenharia de Petróleo na Bahia, fez carreira no Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), laboratório no qual a Petrobras investe em tecnologia de ponta.
Aposentou-se da Petrobras para assumir a superintendência de Desenvolvimento de Produção da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Pedrosa deixou a agência reguladora e criou a Aurizônia Petróleo, empresa independente que prospecta pequenos blocos de petróleo em terra. Também defende a causa das companhias de menor porte do setor, que reivindicam mais áreas disponíveis para a produção.
À frente da associação que reúne os pequenos produtores, conseguiu do governo uma emenda na lei 12.351 que prevê políticas para as chamadas empresas independentes de petróleo.
"Ele é muito atuante, experiente, conhece a indústria toda, não entende só da grande, mas também das pequenas empresas, conhece a fundo exploração e produção de petróleo", afirmou Paulo Buarque, especialista do setor que trabalhou ao lado de Pedrosa na ABPIP, associação que reúne as empresas independentes de petróleo no Brasil.
Atualmente, Pedrosa trabalha como executivo da petroleira HRT.
A atuação da PPSA começa já com a participação obrigatório no consórcio que vier a vencer a licitação para a exploração de Libra, maior reserva do pré-sal brasileiro.
O leilão de Libra ocorre no dia 21 de outubro.
DIRETORIA
O governo também escolheu o secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antonio Martins Almeida, para presidir o conselho da nova estatal.
Além de Pedrosa, na presidência, a diretoria da PPSA será composta pelo diretor Técnico e de Fiscalização, Edson Yoshihito Nakagawa (ex-Petrobras e GE); pelo diretor de Gestão de Contratos Renato Marcos Darros de Matos (também com passagem pela Petrobras) e pelo diretor de Administração, Controle e Finanças Antonio Cláudio Pereira da Silva (ex-Petrobras e Barra Energia Petróleo e Gás).
"Todos com pós-graduação, doutorado. Foi um modelo da presidente Dilma Rousseff para começar o processo de seleção", disse o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ao fazer o anúncio, em Brasília.
Segundo o ministro, os diretores serão nomeados até a terça-feira e começarão a atuar "prontamente".
O orçamento da PPSA para este ano é de 15 milhões de reais, segundo Lobão.
Pedrosa disse, em sua primeira entrevista após ser confirmado no cargo, que "é preciso haver convergência entre a PPSA e seus parceiros".
Questionado se a PPSA vai agir junto aos sócios privados para que eles "acelerem" a produção em Libra, o secretário Marco Antonio Almeida, presidente do Conselho da nova empresa, disse que, considerando o bônus de 15 bilhões de reais, as companhias terão de pagar para ficar com a área, os próprios investidores vão acelerar os trabalhos de produção.
"As empresas têm interesse de explorar o mais rapidamente possível", disse Almeida.

(Reportagem de Leonardo Goy; Reportagem adicional de Sabrina Lorenzi, no Rio de Janeiro)

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