quarta-feira, 28 de maio de 2014

CÂMBIO E JUROS: Apesar de operar em queda, dólar deve fechar estável

   São Paulo, 28 de maio de 2014 - Mesmo depois de passar a operar no campo
negativo, o dólar comercial deve encerrar esta quarta-feira com estabilidade.

Segundo o gerente de câmbio da Correparti Corretora, João Paulo de Gracia
Corrêa, essa perda de força da moeda norte-americana acontece devido às
operações de swaps que o Banco Central (BC) ainda está realizando.

   "A tendência é de que o dólar comece a ganhar força, pois o BC não
fará a rolagem dos cerca de US$ 4,5 bilhões de contratos que vão sobrar neste
mês. O mercado vai ser obrigado a adquirir dólar no mercado". Corrêa
afirmou que esta postura é devido à acomodação da inflação e a expectativa
 é de que o programa de swaps que termina em 30 de junho não seja estendido.

   Sobre o impacto do fluxo cambial no mês até o dia 23, divulgado pela
autoridade monetária no começo desta tarde, o gestor da Correparti disse que o
efeito não foi tão negativo como o esperado. O saldo entre a entrada e a
saída de dólares no País ficou negativo em US$ 1,476 bilhão.

   "A expectativa é que depois da Copa do Mundo o dólar comece a subir,
atingindo patamar de R$ 2,30, enquanto no período próximo às eleições deva
beirar os R$ 2,45. A partir de junho, a moeda estará em linha com as
projeções feitas pelas instituições financeiras no começo de 2014".

   Há pouco, o dólar registrava queda de 0,13%, cotado a R$ 2,2360 para
compra e a R$ 2,2380 para venda. No mercado futuro, os contratos da divisa com
vencimento em junho caíam 0,08%, a R$ 2.239,000, e os para julho, perdiam
0,06%, a R$ 2.256,500.

   No mercado de juros, as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro
(DI) recuavam devido à expectativa de que o Comitê de Política Monetária
(Copom) manterá a Selic (taxa básica de juros) em 11% ao ano na decisão que
será divulgada hoje à noite.

   As taxas dos contratos para janeiro de 2017, com maior volume de R$ 12,404
bilhões, caíam de 11,89% para 11,83%, assim com os que expiram em julho deste
ano, que passavam de 10,849% para 10,842%. No longo prazo, o efeito é maior,
tanto que os contratos para janeiro de 2016 recuavam de 11,60% para 11,53%, a R$
 8,707 bilhões.

    Alexandre Melo / Agência CMA

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