terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Vendas do comércio varejista caem 5,5% em novembro, diz Cielo

A receita das vendas do comércio varejista ampliado recuou 5,5 por cento em novembro na comparação com o mesmo período do ano passado, descontada a inflação, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado nesta terça-feira.

Trata-se do quarto mês consecutivo de queda das vendas do varejo registradas pelo indicador. Em outubro, o índice havia registrado baixa de 3,3 por cento na mesma base de comparação.
O índice da Cielo é calculado com base nas informações de vendas feitas com cartões por varejistas que utilizam as máquinas de pagamento da companhia, a maior do setor no país.
O dado oficial mais recente sobre o comportamento das vendas no varejo do país é o de setembro, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que registrou queda de 6,2 por cento sobre um ano antes. O instituto publica na quarta-feira seus dados sobre outubro.
Pelo ICVA deflacionado ajustado, que desconta os efeitos do calendário além da inflação, em novembro as vendas recuaram 4,4 por cento na comparação anual, ante queda de 3,8 por cento em outubro.
De acordo com a Cielo, todos os grandes blocos de setores que compõem o varejo ampliado tiveram retração nas vendas em novembro na comparação anual.
Além disso, todas as regiões brasileiras apresentaram retração. O Nordeste foi a única região com um desempenho superior à média nacional – ainda assim, teve queda de 4,2 por cento em relação ao ano anterior.

BLACK FRIDAY 
O cenário do mês de novembro poderia ter sido pior não fossem as promoções da Black Friday, explicou Gabriel Mariotto, gerente de inteligência da Cielo.
As vendas da Black Friday, que neste ano ocorreu em 27 de novembro, tiveram crescimento nominal de 14,5 por cento na comparação com 2014. No ano passado, a alta havia sido de 24 por cento e, no ano anterior, de 46 por cento.
"Não foi suficiente para reverter a tendência de desaceleração das vendas no mês", disse Mariotto.
Para dezembro, o executivo não traçou projeções, mas afirmou que parte das vendas do Natal foram antecipadas na Black Friday, tendência já percebida em anos anteriores.
Fonte: Reuters (Por Luciana Bruno)

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