segunda-feira, 14 de maio de 2012

O agravamento do risco de Espanha e a possibilidade de saída da Grécia do euro estão a penalizar a negociação das bolsas do Velho Continente. Lisboa acompanha as quedas.

As praças do Velho Continente estão hoje a negociar com desvalorizações acentuadas, arrastadas pela possível saída da Grécia do euro, após falhar as negociações para formar um governo de coligação, e pela subida do risco de Espanha e de Itália.






O índice pan-europeu DJ STOXX 600 cai 1,5%, para 248,20 pontos, num dia em que os problemas da Grécia voltam a estar na ordem do dia, com o país a entrar na segunda semana sem acordo entre os partidos mais votados nas últimas eleições. A bolsa lisboeta não é excepção e segue as quedas das congéneres europeias, com o PSI-20 a ceder 1,23%, para os 5.115,5 pontos.

A bolsa grega é mesmo a que regista a maior desvalorização, ao tombar 4,52%, à medida que se torna cada vez mais real a possibilidade do país helénico abandonar a moeda única.

Também Espanha está a ser penalizada, com o IBEX a descer 2,72%, para os 6.805,2 pontos, num momento em que os investidores continuam preocupados com o sistema financeiro do país.

Na semana passada, o governo de Mariano Rajoy anunciou novas medidas para sanear a banca e admitiu que poderá entrar no capital de mais instituições, após ter nacionalizado o Bankia.

O sistema financeiro é mesmo um dos sectores que mais penaliza a negociação nas bolsas, pressionado pela situação na Grécia e pelo agravamento do risco dos país mais endividados do euro, como Itália e Espanha.

O francês BNP Paribas cai 3,5% para 27,67 euros, enquanto o Deutsche Bank perde 2,4% para 30,43 euros e o ING desce 3,5%, para 5,04 euros, depois de um relatório ter avançado que o seu resgate vai ser examinado pela União Europeia.

Os ministros das Finanças da Zona Euro encontram-se hoje em Bruxelas e deverão discutir a situação na Grécia e em Espanha, que procura recapitalizar o sistema financeiro do país.

Por outro lado, amanhã deverá começar o debate entre a austeridade e o crescimento, com o recém eleito presidente francês, François Hollande, a fazer a sua primeira visita a Berlim, onde se encontra com a chanceler alemã Angela Merkel.

François Hollande defende a implementação de mais medidas para promover o crescimento, em detrimento da austeridade, que tem sido fortemente defendida pela líder alemã.

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