quarta-feira, 18 de julho de 2012

Call Matinal - Corujito Points $$$ / PERSPECTIVA: Livro Bege e novo discurso de Bernanke devem guiar mercados


PERSPECTIVA: Livro Bege e novo discurso de Bernanke devem guiar mercados

   São Paulo, 18 de julho de 2012 - A expectativa com relação ao conteúdo 
do Livro Bege do Federal Reserve (Fed, na sigla em inglês - Banco Central dos 
Estados Unidos), relatório sobre as condições econômicas dos Estados Unidos,
deve guiar os rumos do Ibovespa, principal índice da BM&FBovespa, nesta 
quarta-feira. Há pouco, o Ibovespa futuro registrava perdas de 0,51%, a 53.900 pontos, apontando para uma tendência de abertura em queda. 



   Além do Livro Bege, os investidores também ficam atentos ao discurso que o
presidente do Fed, Ben Bernanke, fará novamente no Congresso dos Estados
Unidos, desta vez na Câmara dos Deputados. Ontem, em discurso feito no Comitê
de Assuntos Bancários, Imobiliários e Urbanos do Senado, Bernanke defendeu as
ações heterodoxas que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em
inglês) tomou para aliviar as condições monetárias do país, mas procurou
não demonstrar que o órgão está pendendo a aprovar mais um alívio, como uma
 nova rodada do programa de recompra de ativos (quantitative easing - QE).

   "Não deve ter grandes surpresas nessa fala do Bernanke, mas o mercado vai
acompanhar com atenção. Junto com o Livro Bege, esse deve ser o principal
drive do dia. O mercado deve abrir meio de lado nesta manhã e a abertura talvez
puxando para o campo negativo, devido aos índices futuros norte-americanos",
disse.

   A agenda norte-americana prevê, ainda, o índice de construção de
imóveis residenciais novos de junho. Em maio houve queda de 4,8% ante abril,
para 708 mil residências. Analistas esperam alta para 743 mil novos imóveis. O
 dado será divulgado pelo Departamento do Comércio às 9h30.

   Na Europa, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária
(MPC) do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) indica que a
perspectiva para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido no
curto prazo enfraqueceu, aumentando a possibilidade de a atividade econômica da
região em 2012 ficar estável e expandir para dois anos o período em que foi
registrado pouco ou nenhum crescimento. A reunião ocorreu em 4 e 5 de julho. A
visão é mais pessimista do que a apresentada no relatório trimestral de
inflação em maio. As evidências do enfraquecimento da economia começaram a
surgir antes desta reunião e continuaram aparecendo neste mês, sugerindo que a
 taxa de ociosidade econômica deve aumentar.

   Em meio a esse discurso negativo, as principais bolsas reagiram com ganhos
aos dados de desemprego do Reino Unido. A taxa recuou para 8,1% nos três meses
até maio, queda de 0,2 ponto percentual ante o período de três meses até
fevereiro. Em relação aos três meses até maio do ano anterior, a taxa de
desemprego subiu 0,4 ponto percentual. Os dados foram divulgados hoje pelo
escritório federal de estatísticas do país, o National Statistics.

   Entre os principais balanços corporativos divulgados nesta manhã,
destaca-se o do Credit Suisse, que divulgou que o lucro no segundo trimestre
cresceu 2,6% em relação a igual período do ano passado e anunciou que
adotará medidas para levantar capital, entre elas a emissão de 3,8 bilhões de
francos suíços (US$ 3,871 bilhões) em títulos conversíveis em ações. De
acordo com o banco, o lucro do segundo trimestre somou 788 milhões de francos
suíços
(US$ 802,77 milhões), superando levemente o lucro obtido um ano antes, de 768
milhões de francos suíços (US$ 782,40 milhões).

   O banco norte-americano Bank of America anunciou, há pouco, que obteve no
segundo trimestre de 2012 um lucro líquido atribuível aos seus acionistas de
US$ 2,098 bilhões (US$ 0,19 por ação), revertendo assim um prejuízo de
US$ 9,127 bilhões (US$ -0,90 por ativo) registrado no mesmo período do ano
passado.

   No mercado doméstico, destaque para a Redecard, que divulga, após o
fechamento do mercado, os resultados financeiros do segundo trimestre de 2012. A
Vale divulga, também após o fechamento do mercado, os dados de produção no
segundo trimestre do ano.


    Mercados Internacionais
   
   Os índices futuros das bolsas norte-americanas operam em baixa nesta
manhã. O S&P 500, com vencimento em setembro, recuava 0,33%, a 1.354,00 pontos,
o Nasdaq 100, com vencimento também para setembro, caía 0,28%, aos 2.579,75
pontos, e o Dow Jones, com vencimento para o mesmo mês operava em baixa de
0,29%, aos 12.700,00 pontos.

   Já na Europa, as principais bolsas operam no campo positivo. Há pouco, o
CAC-40, de Paris, avançava 0,64%, aos 3.197,15 pontos, e o DAX, de Frankfurt,
tinha alta de 0,12%, aos 6.585,54 pontos. O FTSE 100, principal índice da bolsa
 de Londres, por sua vez, operava estável, aos 5.628,96 pontos.

   No Japão, o índice Nikkei-225, da Bolsa de Tóquio, fechou em baixa de
0,32%, aos 8.726,64 pontos. Na Coreia do Sul, o KOSPI, de Seul, caiu 1,48%, a
1.794,91 pontos. Na China, o Xangai Composto subiu 0,37%, a 2.169,10 pontos; em
Hong Kong, a bolsa fechou em baixa de 1,11%, a 19.239,88 pontos.
   

     Petróleo
   
   Entre os contratos de petróleo, o WTI de agosto, negociado em Nova York,
operava em queda de 0,38%, a R$ 88,88 o barril. Em Londres, o Brent para
setembro, caía 0,13%, a US$ 103,86.
       
   
    Câmbio
   
   O dólar comercial operava em alta de 0,19%, cotado a R$ 2,0260. O contrato
futuro, com vencimento em agosto, avançava 0,14%, a R$ 2.028,500.
   
   
    Juros
   
   Os contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI) abriram o pregão na
BM&FBovespa em rumos opostos. O contrato mais líquido era o com vencimento em
janeiro de 2013, que operava estável a 7,47%. O contrato para janeiro de 2014,
subia de 7,77% para 7,78%, e o para janeiro de 2016 caía de 8,85% a 8,84%.


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