São Paulo, 31 de agosto de 2012 - Em constantes reuniões com os líderes
empresariais do Brasil, o embaixador da China, Li Jinzhang, afirmou que essa
classe sempre reclama dos mesmos problemas sobre a relação entre os países:
os produtos brasileiros exportados à China são de baixo valor agregado e pouco
diversificados; o Brasil ainda importa muitos produtos da China, o que pode
desestabilizar a indústria local; e os investimentos chineses no Brasil tem
acelerado rapidamente, gerando desequilíbrio.
Jinzhang comentou algumas das insatisfações, ressaltando que o Conselho
Empresarial Brasil-China junto com o governo chinês já está trabalhando com
medidas para solucionar e aperfeiçoar o ambiente empresarial tanto para os
chineses quanto brasileiros. Em relação às exportações, o embaixador disse
que elas são essenciais para a China, visto sua força em recursos naturais.
"Considero que seja uma relação complementar, pois a China é um grande
mercado e precisa dos produtos do Brasil, mesmo dos de base, como minérios, por
causa da grande indústria siderúrgica chinesa".
O embaixador também disse que a China já trabalha para aumentar a
diversificação de produtos que importa do país, por meio de fornecimento de
listas de produtos e agências para promover os produtos brasileiros. "Já
tivemos avanço. Agora óleo, celulose, produtos petroquímicos e alimentos já
estão entrando no mercado chinês".
Por último, de acordo com o premiê, a forte aceleração dos investimentos
chineses no Brasil é consequência natural do crescimento dos dois emergentes
e é benéfica ao país. "Nossos investimentos levam capital, tecnologia
inexistente e empregos para o Brasil, além da otimização de produtos",
explicou. Como exemplo, ele citou a empresa petrolífera chinesa Sinopec, que no
ano passado investiu mais de US$ 20 milhões só no setor de petróleo
brasileiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Educação Financeira com disciplina e inteligência.