sexta-feira, 31 de agosto de 2012

EUA: Bernanke indica chance crescente de mais estímulos, dizem analistas


   São Paulo, 31 de agosto de 2012 - O presidente do Federal Reserve (Fed, o
banco central norte-americano), Ben Bernanke, deixou a porta aberta para mais

medidas de estímulo durante seu discurso no simpósio de Jackson Hole, de
acordo com a interpretação de analistas.

   Bill Gross, diretor-gerente da gestora de fundos Pimco, fez a mesma
avaliação. "Bernanke vai agir com força total. O QE3 é praticamente uma
certeza", afirmou, fazendo referência à possibilidade de uma terceira rodada
de compras de ativos (QE3) pelo Fed.

   Paul Edelstein, economista da IHS Global Insight para os EUA, ressaltou a
preocupação de Bernanke com o desemprego como um dos sinais de que há mais
afrouxamento pela frente. Além de manter a estabilidade de preços, o banco
central norte-americano também tem como objetivo garantir o nível máximo de
emprego.

   "Nossa expectativa é de que o Fed pelo menos prorrogue o prazo de juros
baixos até 2015", disse Edelstein, acrescentando que o início do QE3 também
é algo provável.

   Para Paul Sales, analista sênior da consultoria Capital Economics, a ata da
última reunião de política monetária divulgada no início do mês aliada ao
discurso de Bernanke gera um sinal claro de que o banco central está pronto
para prover mais medidas de estímulo à economia.

   "A discussão sobre compras de ativos e comunicação sugerem que uma nova
expansão no balanço do Fed por meio do QE3 e por uma ampliação no
compromisso de manter a taxa perto de zero são as ferramentas" com maior
probabilidade de ser adotadas.

   A consultoria Newedge Strategy apresentou uma avaliação mais ponderada do
discurso, apontando sinais de que ainda há dúvidas no Fed sobre novas compras
de ativos.

   "Bernanke disse que mais afrouxamento quantitativo pode prejudicar o
funcionamento dos mercados e gerar dúvidas sobre a estratégia" do banco
central para se desfazer do que adquiriu ao longo dos últimos anos. "Estes
comentários sugerem que medidas mais agressivas ainda são motivo para debate
no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês)".

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