quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Duas agências de risco mantêm ameaça de rebaixar nota da dívida dos EUA .Do UOL, em São Paulo

As agências de classificação de risco Fitch e Moody’s informaram nesta quarta-feira (7) que continua negativa a perspectiva dos Estados Unidos, o que pode significar um futuro rebaixamento da nota da dívida pública do país, atualmente a mais alta possível (AAA).
Os anúncios acontecem um dia após as eleições presidenciais no país, que reelegeram o democrata Barack Obama.

Após derrotar o republicano Mitt Romney, Obama deve tentar um acordo com os legisladores de Washington antes de 31 de dezembro, ou corre o risco de uma recessão no primeiro semestre de 2013, afirmam especialistas em orçamento e conselheiros democratas.
Ele precisa enfrentar o chamado “abismo fiscal", uma série de aumentos de impostos e cortes de gastos que devem tirar cerca de US$ 600 bilhões da economia norte-americana se não houver um acordo com o Congresso.
Em jogo estão duas questões separadas --reduções individuais de impostos que vão vencer no final do ano, e dezenas de bilhões de dólares em cortes de gastos federais que entrarão em vigor no início do ano.
Um fracasso em impedir esse mergulho no abismo pode agitar os mercados norte-americanos e afundar a economia dos EUA em uma recessão, o que pode ter implicações globais.

Alerta das agências

Segundo a Moody’s, a nova nota só será definida após o resultado das negociações de orçamento de 2013 e que, mesmo que haja um “abismo fiscal”, deve avaliar a capacidade da economia de se recuperar da esperada contração.
Já a Fitch alerta que Obama precisará garantir rapidamente um acordo para evitar o “abismo fiscal” e elevar o teto da dívida.

"O desafio da políticas econômica para o presidente é estabelecer um plano confiável de redução de deficit, algo necessário para estimular a recuperação e a confiança do país", diz a Fitch, em comunicado divulgado hoje.

Considerando que o abismo fiscal seja descartado e o teto da dívida aumentado, a Fitch espera decidir a perspectiva do rating soberano do país no final de 2013. Caso a situação não se concretize, a nota do país deve ser rebaixada.
(Com informações de Reuters e Valor)

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