terça-feira, 18 de junho de 2013

Minério de ferro sobe a US$117,70/t, mas alta deverá ser limitada

XANGAI, 18 Jun (Reuters) - Os preços do minério de ferro no mercado asiático subiram pela quarta sessão consecutiva nesta terça-feira, atingindo seu maior nível desde 28 de maio, mas perspectivas ruins para o mercado de aço devem limitar os ganhos no curto prazo, disseram traders.
O minério com teor de 62 por cento de ferro, referência do mercado, subiu 2,35 por cento nesta terça-feira, para 117,70 dólares por tonelada, após alta nas três sessões anteriores.
Fracas perspectivas para o mercado de aço, no entanto, devem limitar os ganhos.
Devido a um excesso de oferta de aço na China, operadores esperam que os ganhos recentes com a principal matéria-prima, o minério de ferro, sejam insustentáveis. A produção de aço bruto da China atingiu um recorde de 67,03 milhões de toneladas em maio, disse a Custeel, consultoria do setor, citando dados do Departamento Nacional de Estatística.

"Algumas usinas estão se reabastecendo após um feriado prolongado, apoiando o minério de ferro, mas eu não acho que os ganhos são sólidos, e os preços devem começar a recuar após atingir o marco de 120 dólares por tonelada", disse um operador de minério de ferro de Xangai.
A recente recuperação nos preços não é suficiente para repor a queda registrada nos últimos meses. O minério chegou a bater em quase 160 dólares em fevereiro, antes de cair à mínima do ano, de 110,40 dólares em 31 de maio.
Algumas siderúrgicas chinesas têm reduzido temporariamente sua produção ao iniciar manutenções das usinas, mas os cortes parecem ser insuficientes para ajudar a aliviar a pressão sobre os preços do aço na bolsa de Xangai, que caíram para uma mínima de nove meses na semana passada.
"O ritmo da redução da produção de aço está muito devagar, o que significa que uma produção maior e as vendas lentas devem continuar a pressionar os preços no curto prazo, principalmente na próxima temporada, de consumo fraco", disse o trader.
As siderúrgicas, no entanto, não demonstram intenção de cortar amplamente suas produções a curto prazo, temendo perder créditos bancários e participações no mercado se o fizerem.

(Reportagem de Ruby Lian e Fayen Wong)

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