Bernanke tranqüiliza mercado e Ibovespa avança 1,15%

Mais uma vez o rumo do mercado ficou nas mãos de Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve. O pronunciamento do líder do BC americano afastou o fantasma da redução do programa Quantitative Easing 3, levando tranqüilidade às Bolsas. A Bovespa operou colada aos seus pares internacionais e fechou em alta de 1,15%, aos 47.407 pontos e volume negociado de R$ 6,30 bilhões. OGX e Usiminas em alta deram força extra ao índice. A temporada de divulgação de balanços corporativos também está no radar do investidor. O presidente da autoridade monetária americana, Ben Bernanke, disse em audiência na Câmara dos Estados Unidos que o programa de compra de ativos Quantitativa Easing 3 não tem cronograma para acabar.  Ele afirmou que processo de saída dos estímulos acontecerá de acordo com o desempenho econômico do país. "O Fed espera moderar o ritmo de compra de ativos neste ano, mas pode aumentar esse ritmo, se for necessário", disse. Ele lembrou que os números do mercado de trabalho são uns dos principais parâmetros para medir a força da economia, e que o Banco Central não está disposto a sacrificar esse setor. O tom positivo da fala de Bernanke deixou os investidores aliviados. A alta foi ajudada ainda pela ata da última reunião do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), divulgada hoje, que trouxe decisão semelhante em relação à política monetária do Reino Unido. A queda de 9,9% nas construções de moradias iniciadas nos EUA em junho, ante previsão de alta de 3,9%, teve pouca influência. Em Londres o FTSE-100 subiu 0,24%, o Cac-40 da Bolsa de Paris ganhou 0,55% e o Dax de Frankfurt avançou 0,65%. Em Nova York o DowJones fechou em alta de 0,12% e o Nasdaq valorizou 0,31%. No Ibovespa, Hering (-5,03%) teve a maior queda do pregão antes da divulgação do seu balanço trimestral, para o qual o mercado prevê queda no lucro. No campo oposto, Gol (+2,61%) e PDG (+5,71%) tiveram as maiores altas.