terça-feira, 26 de novembro de 2013

COPOM: Começa última reunião de 2013;mercado espera alta de 0,50 pp na Selic

   Brasília, 26 de novembro de 2013 - Começou, às 16h11, a primeira etapa da
última reunião de 2013 do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco
Central (BC), que definirá o patamar da Selic (taxa básica de juros),

atualmente em 9,50% ao ano (aa). O mercado aposta em alta de 0,50 ponto
percentual (pp), para 10% aa. Desde abril, quando a taxa era de 7,25% aa, foram
feitos cinco reajustes seguidos.

   Segundo especialistas, a inflação e a deterioração dos resultados
fiscais são os principais motivos para que o BC mantenha o ritmo de elevação
da taxa básica de juros. "Não há grande dúvida no mercado sobre a alta de
0,5 na decisão de amanhã. Os sinais de riscos inflacionários persistem e há
também a própria deterioração dos números fiscais, sem nenhuma
sinalização de mudança a tendência é manter o ritmo de aperto", afirmou o
economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria. Para Eduardo Velho,
economista da INVX Global, "O último relatório com projeções para
inflação, em setembro, já mostrava uma piora no índice, então nada mais
natural do que manter a alta", explicou.

   A possível piora do risco país, a possibilidade de rebaixamento do rating
e a tendência de piora do superávit primário do governo são fatores que
também pressionam o BC a manter o ajuste monetário. "As condições pioram
muito no último mês e estão piorando desde o começo de 2013. A situação
fiscal, por exemplo, foi muito prejudicada este ano e juntamente com fatores
como risco Brasil e queda no rating fazem com que seja natural manter a
elevação dos juros", afirmou Eduardo Velho.

   Para o economista, o ciclo de aperto na taxa de juros deve se manter até
maio de 2014, fechando o ciclo em 10,50% ao ano. "Nossa expectativa é fechar o
ciclo com mais três aumentos, um de 0,50 pp agora e mais dois de 0,25 pp,
porém, ainda há uma grande dúvida no mercado de quando se dará o aumento da
gasolina. Se for postergado para 2014, o ano já irá começar com um panorama
ruim e isso juntamente com o resultado fiscal ruim deve levar o BC a continuar a
 apertar a política monetária", aponta.


    Priscilla Oliveira / Agência CMA

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