São Paulo, 18 de novembro de 2013 - A possibilidade de países saírem da zona do euro, um dos cenários extremos da crise, diminuiu consideravelmente por causa das ações tomadas pelos países e autoridades do bloco, afirmou o ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet.
Em entrevista ao canal de televisão russo "RT", Trichet disse que quatro motivos levaram à diminuição dos riscos. O primeiro foi o ajuste realizado pelos países que estavam sob pressão do mercado. O segundo foi a melhora na governança da zona do euro, o terceiro foi a determinação política em manter o bloco unido e o quarto foi a intervenção do BCE no mercado.
Ele defendeu uma melhora no sistema de supervisão bancária, para evitar que as instituições assumam grandes riscos, afirmando que os diretores dos bancos não são os únicos responsáveis pela criação de uma "cultura de riscos anormal" e que é "ingênuo" acreditar que os mercados se autocorrigirão.
"O problema é mais generalizado. Eles [diretores de bancos] tiveram uma enorme responsabilidade, porque não tinham uma cultura de risco correta, mas praticamente todos os economistas que temos estavam mais ou menos acompanhando esta cultura de riscos anormal. E também, devo confessar, o mundo financeiro, mas do lado das autoridades, autoridades em geral, governos, autoridades
supervisoras, estavam tão confiantes até o começo da [crise] subprime e mesmo depois que achavam impossível todo o sistema financeiro entrar em colapso",
disse.
Em entrevista ao canal de televisão russo "RT", Trichet disse que quatro motivos levaram à diminuição dos riscos. O primeiro foi o ajuste realizado pelos países que estavam sob pressão do mercado. O segundo foi a melhora na governança da zona do euro, o terceiro foi a determinação política em manter o bloco unido e o quarto foi a intervenção do BCE no mercado.
Ele defendeu uma melhora no sistema de supervisão bancária, para evitar que as instituições assumam grandes riscos, afirmando que os diretores dos bancos não são os únicos responsáveis pela criação de uma "cultura de riscos anormal" e que é "ingênuo" acreditar que os mercados se autocorrigirão.
"O problema é mais generalizado. Eles [diretores de bancos] tiveram uma enorme responsabilidade, porque não tinham uma cultura de risco correta, mas praticamente todos os economistas que temos estavam mais ou menos acompanhando esta cultura de riscos anormal. E também, devo confessar, o mundo financeiro, mas do lado das autoridades, autoridades em geral, governos, autoridades
supervisoras, estavam tão confiantes até o começo da [crise] subprime e mesmo depois que achavam impossível todo o sistema financeiro entrar em colapso",
disse.
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