A produção brasileira de aço bruto atingiu em julho o maior volume mensal do ano, somando 2,7 milhões de toneladas, um crescimento de 6,4 por cento sobre junho, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Aço Brasil (IABr), que representa as siderúrgicas do país.
O dado foi divulgado alguns dias depois que executivos do setor citaram que estão notando indicações de início de melhora na demanda por aço no país, que tem sofrido há meses diante da recessão.
Na terça-feira, executivos da Companhia Siderúrgica Nacional afirmaram que a empresa vai religar no início de outubro alto-forno parado desde janeiro. Na semana passada, o grupo Gerdau comentou que estava vendo alguns sinais de melhora na confiança na economia.
Na comparação com julho do ano passado, porém, a produção seguiu em baixa, recuando 6 por cento.
Segundo o IABr, a produção de aço bruto do país em julho foi a melhor desde as 2,98 milhões de toneladas produzidas em outubro do ano passado.
No acumulado de janeiro a julho de 2016, o setor registra queda de 12 por cento no volume produzido sobre o mesmo período de 2015, para 17,57 milhões de toneladas. A expectativa do IABr para o ano, informada em junho, é de queda de 6,8 por cento na produção, a 31 milhões de toneladas.
Já as vendas de aço no Brasil no mês passado foram de 1,39 milhão de toneladas, cerca de 7 por cento abaixo de junho e 3,3 por cento menores que um ano antes.
O dado de vendas trouxe uma melhora anual de 8,3 por cento nas vendas de produtos planos, usados em indústrias como máquinas e equipamentos e veículos, e de 45 por cento em produtos semiacabados. Já os laminados longos, voltados para aplicações como construção civil, tiveram queda de 16,7 por cento nas vendas no Brasil no comparativo com julho de 2015.
O consumo aparente, que inclui as vendas de material importado no país, somou 1,5 milhão de toneladas em julho abaixo das 1,6 milhão de toneladas de junho, mas acelerando diante do ritmo de 1,3 milhão de toneladas do início do ano.
O IABr informou que as importações de aço no Brasil caíram cerca de 59 por cento em relação a julho de 2015, totalizando 112 mil toneladas, mas ficaram acima das 92 mil toneladas de junho. Já as exportações foram de 896 mil toneladas em julho ante 1,2 milhão em junho.
Fonte: Reuters (Por Alberto Alerigi Jr.)
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