segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Itaú Unibanco lucra mais no 3º tri; crédito volta a cair, inadimplência fica estável

O Itaú Unibanco teve aumento do lucro no terceiro trimestre, uma vez que menores despesas ligadas a calotes e maior receitas com tarifas compensaram com sobras uma nova redução das operações do crédito.

O maior banco privado do país anunciou nesta segunda-feira que seu lucro recorrente do período somou 6,254 bilhões de reais, alta de 11,8 por cento sobre um ano antes e de 1,4 por cento na comparação seqüencial. Em termos líquidos, o lucro somou 6,077 bilhões de reais, alta de 1,05 por cento sobre o trimestre imediatamente anterior e de 12,66 por cento ano a ano.
A linha do balanço que mede os gastos do banco com perdas por empréstimos de má qualidade, chamada custo de crédito, foi de 3,99 bilhões de reais, valor 10,8 por cento menor na base sequencial e 28,5 por cento mais baixo que o registrado na mesma etapa de 2016. A despesa com provisão para calotes desabou 30,6 por cento na comparação anual.
O índice de inadimplência, medido pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias em relação à carteira total, ficou em 3,2 por cento, estável sobre o trimestre anterior e com queda de 0,7 ponto percentual contra mesmo intervalo do ano passado.
Um indicador antecedente sobre o comportamento esperado da inadimplência nos próximos meses, o NPL, apontou declínio pelo quarto trimestre seguido, recuo de 35,2 por cento em 12 meses.
Em outra frente, as receitas do banco com tarifas e seguros cresceram 3,7 e 5 por cento nas bases sequencial e anual, respectivamente, para 9,845 bilhões de reais. A fatia dessa linha no chamado produto bancário atingiu 37 por cento, o pico em dois anos.
Por fim, o Itaú Unibanco teve queda de 4,5 por cento das despesas administrativas, a 11,82 bilhões de reais, movimento puxado sobretudo pelo recuo de 14,4 por cento das despesas de pessoal.
Com isso, o banco conseguiu compensar o novo declínio na carteira de crédito. O estoque de empréstimos, incluindo garantias e títulos privados, fechou junho em 575,2 bilhões de reais, queda de 1,3 por cento em três meses e de 4,4 por cento sobre o fim do primeiro trimestre de 2016.
Além do menor volume de empréstimos, o banco também viu uma contração de 2,2 por cento na margem financeira com clientes, refletindo principalmente os efeitos da queda da Selic e o impacto da nova regulamentação de cartões de crédito, que pressionou os ganhos nas operações com o rotativo.
A contração do crédito do Itaú Unibanco foi na contramão do Santander Brasil, que na semana passada anunciou aceleração do crédito com um dos pilares para aumento do lucro trimestral. 
O Itaú Unibanco, que na quinta-feira obteve aval final do Banco Central para aquisição das operações de varejo do Citi no país, fechou o terceiro trimestre com um nível de rentabilidade sobre o patrimônio líquido de 21,6 por cento, alta de 0,1 ponto na base sequencial e de 0,7 ponto sobre um ano antes.
Fonte: Reuters 

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