quarta-feira, 2 de abril de 2014

SIDERURGIA E MINERAÇÃO: Vendas devem continuar pressionadas, aponta BB

   São Paulo, 2 de abril de 2014 - As vendas de aço das usinas siderúrgicas
devem continuar pressionadas este ano, com a perspectiva de crescimento menor,

devido a eventos como Copa do Mundo, que devem reduzir as vendas de veículos e
eletrodomésticos no varejo, segundo relatório do Banco do Brasil. Diante desse
cenário, eventuais novos reajustes de preços devem enfrentar uma maior
dificuldade de serem absorvidos pelo mercado.

   De acordo com o relatório, o cenário em relação às importações de
aço também deve ser desafiador. "Apesar do recuo das importações nos
últimos meses em função do câmbio em patamar elevado, o fim das medidas de
incentivo volta a pressionar o setor, a utilização de capacidade ainda se
encontra em níveis baixos e o spread entre o preço do aço importado e o
nacional está longe de ser o patamar ideal de conforto para as siderúrgicas
brasileiras", aponta o relatório.

   Em relação ao setor de mineração, o banco destaca que o crescimento dos
estoques de minério de ferro na China podem voltar a pressionar as cotações
da commodity. Os estoques de minério de ferro importado nos 25 maiores portos
da China aumentaram 1,11% na semana encerrada em 31 de março, para 107,03
milhões de toneladas, de acordo com um levantamento feito pela agência de
notícias oficial do país, a "Xinhua".

   Apesar das perspectivas de mercado mais fraco, há pouco, as ações do
setor operavam em alta, dando continuidade ao ritmo de recuperação na
BM&FBovespa. Os papéis preferenciais da mineradora Vale (VALE5) subiam 1,27%, a
R$ 28,62 e as ordinárias (VALE3), 1,97%, a R$ 31,98. As ações PN da Usiminas
(USIM5) subiam 3,42%, a R$ 10,28 e as ordinárias (USIM3), 1,75%, a R$ 9,29. As
ações da CSN (CSNA3) subiam 1,97%, a R$ 9,31. As ações da Gerdau também
operavam em alta, com as preferenciais (GGBR4) subindo 1,20%, a R$ 14,26, as
ordinárias (GGBR3), 0,77%, a R$ 11,67 e as da Metalúrgica Gerdau (GOAU4),
0,23%, a R$ 17,14.

   Entre os indicadores divulgados hoje que podem estar contribuindo com alta
do setor está a produção industrial brasileira, que subiu 5%em fevereiro ante
o mesmo período de 2013, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM)
divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O
resultado interrompeu dois meses de taxas negativas consecutivas ma mesma base
de comparação.

   A alta veio levemente acima da estimativa de 4,80% do mercado segundo a
mediana das projeções da pesquisa Termômetro CMA. As projeções variavam
entre aumento de 2,40% na mínima e alta de 8% na máxima. A média das
estimativas apontava redução de 4,88%.

   A influência positiva mais relevante veio da indústria de veículos
automotores, que mostrou avanço de 12,9%, impulsionada em grande parte pela
maior fabricação de automóveis, de veículos para transporte de mercadorias,
de chassis com motor para caminhões e ônibus, de caminhão-trator para
reboques e semirreboques e de caminhões

   No mercado externo, os american depositary receipts (ADRs, recibos de ação
de empresas estrangeiras negociados na Bolsa de Valores de Nova York) da Vale
lastreados pelas ações PN (VALE_P) subiam 1,37%, a US$ 12,55 e pelas
ordinárias (VALE), 1,88%, a US$ 14,05. Os ADRs da Gerdau (GGB) subiam 0,96%, a
US$ 6,29, e da CSN (SID), 1,86%, a US$ 4,38.

    Paula Pereira / Agência CMA

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