quinta-feira, 1 de março de 2012

Bovespa fecha em leve queda, mas garante alta de mais de 4% no mês


Ibovespa recuou 0,22%, aos 65.811 pontos; em fevereiro, alta é de 4,34%. 

Discurso de Ben Bernanke, do Fed, afetou movimento da bolsa.


Depois de um pregão instável, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acabou fechando em leve queda nesta quarta-feira (29), mas garantiu valorização superior a 4% em fevereiro. O movimento do dia foi afetado, inicialmente por notícias positivas da Europa e dos EUA, mas sucumbiu ao discurso de Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano)

O Ibovespa recuou 0,22%, aos 65.811 pontos. O volume financeiro foi de R$ 7,8 bilhões.
No mês, o principal indicador do mercado acionário brasileiro acumulou alta de 4,34%. No ano, o Ibovespa avança 15,96% neste primeiro bimestre de 2012.
"Hoje teve uma operação de financiamento do Banco Central Europeu (BCE) para aliviar a situação no continente, e se tomar como base a operação de dezembro (de 2011), a reação dos mercados foi boa. Há quem diga que o mercado continua com tendência boa por essa operação", afirmou o operador Rafael Dornaus, da corretora Hencorp Commcor.
Bancos europeus tomaram 530 bilhões de euros na segunda oferta de financiamentos de três anos do BCE nesta quarta-feira, levemente acima das previsões, aumentando as esperanças de mais crédito fluindo para empresas e governos.

Dornaus lembrou que a Grécia continua no radar de investidores, mas não deve causar fortes quedas nas bolsas. "Há espaço para realizações, mas uma surpresa negativa que faça perder toda a alta do ano é dificílimo", disse.
O chefe da divisão de corretagem da Mirae Securities, Pablo Spyer, também mostra otimismo para março, devido principalmente ao momento positivo da economia brasileira, que contribui para atrair investidores estrangeiros.
"Estamos com o menor nível de desemprego e o PIB cresce com inflação controlada. É uma tendência que deve continuar", afirmou.
Spyer também acredita que a tendência para a Bovespa é retomar a entrada de capital estrangeiro. Em fevereiro, até o dia 27, houve a saída de R$ 1,075 bilhão. No ano, porém, o saldo está positivo em R$ 6,1 bilhões devido à forte entrada de recursos externos em janeiro.
"Até metade de fevereiro o fluxo foi forte, mas depois teve uma saída e a tendência é retomar o fluxo de estrangeiros", ressaltou.
  • Pregão
Na bolsa paulista, nesta quarta-feira, a ação da Gafisa foi o destaque de baixa, com um recuo de 7%, a R$ 4,78, após recusar proposta preliminar apresentada pela gestora GP Investimentos e pela Equity Internacional para aquisição de ativos da empresa.
Outras ações de construção registraram forte queda, como Rossi Residencial (perda de 3,29%), Cyrela Brazil Realty (baixa de 2,04%) e PDG Realty (queda de 2%).
As blue chips também tiveram queda, com Vale recuando 0,93%, a R$ 42,50, e Petrobras com ligeira oscilação negativa de 0,08%, a R$ 24,31.
Na outra ponta, o setor de bancos foi a principal contribuição positiva, com Bradesco em alta de 1,6%, a R$ 31,20, Itaú Unibanco avançando 0,60%, a R$ 36,80, e Banco do Brasil com leve alta de 0,29%, a R$ 27,65.


Fonte: G1 e Reuters 

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