terça-feira, 5 de junho de 2012

Descolado do exterior, dólar sobe pela 5a sessão seguida


SÃO PAULO, 4 Jun (Reuters) - Após inverter tendência de queda à tarde, o dólar subiu ante o real nesta segunda-feira, chegando à quinta sessão consecutiva de alta e descolando do movimento no cenário externo.

De acordo com operadores, a perspectiva de baixo crescimento do país e de queda da Selic traz dúvidas para investidores, sendo que o mercado ainda está atento se o Banco Central voltará a atuar no câmbio.
A expectativa é de que a moeda norte-americana ainda se mantenha entre 2,03 e 2,05 reais nesta semana, que pode, no entanto, ter um volume de operações reduzido em função do feriado na quinta-feira.
O dólar fechou com alta de 0,21 por cento, cotado a 2,0521 reais. Durante o dia, a moeda oscilou entre 2,0325 reais, quando chegou a cair 0,75 por cento, e 2,0568 reais, atingindo alta de 0,44 por cento na ocasião.
"Lá fora, o dólar perdeu força e houve alguma perspectiva de melhora, à espera de medidas para capitalizar bancos, mas isso não está refletindo aqui", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.
"O mercado continua passando por momentos de incerteza e investidores continuam preocupados com os destinos da nossa economia", completou.
No cenário externo, a moeda comum europeia mostrou recuperação com especulações de uma melhor integração fiscal na zona do euro. Às 17h15 (horário de Brasília), o euro subia 0,52 por cento. O dólar também se desvalorizava e caía 0,41 por cento ante uma cesta de divisas no horário.
Galhardo destacou que a alta da divisa norte-americana pode ter refletido questões locais, como os esforços do governo para estimular a economia, mostrando receio de um baixo crescimento, além da expectativa de queda da taxa básica de juros e as frequentes intervenções do Banco Central no mercado de câmbio podendo estar atrapalhando a entrada de investimentos no Brasil.
Nesta segunda-feira, o relatório Focus mostrou que o mercado reduziu sua expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 para 2,72 por cento, ante 2,99 por cento na semana anterior.  

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